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Pernambuco pode dar início à flexibilização para casamentos e eventos sociais em outubro

Liberação mais ampla do setor de eventos deve ficar para 2021. Empresários cobram previsibilidade

JC
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Publicado em 24/07/2020 às 18:56 | Atualizado em 24/07/2020 às 19:02
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FLEXIBILIZAÇÃO Setor de eventos é o principal favorecido pelas mudanças, que estabelecem regras específicas - FOTO: DIVULGAÇÃO

O setor de festas e eventos em Pernambuco demanda ao governo do Estado alguma previsibilidade ou pelo menos um plano de reabertura segmentado para as diversas atividades desenvolvidas. Atuando com festas de pequeno porte até grandes eventos, a categoria se diz “abandonada”, já que garante conseguir manter o controle de pessoas e das demais medidas de segurança em algumas atividades. Esta semana, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos no Estado (Abeoc-PE) entregou um plano de protocolo para Eventos MICE (Meetings/Encontros, Incentives/Incentivos,Conferences/Conferências, Exhibitions /Feiras) à Secretaria de Turismo do Recife e ao executivo estadual. Em meio às incertezas, o secretário de Turismo e Lazer do Estado, Rodrigo Novaes, diz que os casamentos e eventos sociais podem voltar em novos formatos, com limite para até 50 pessoas, em meados de outubro;ficando para 2021 uma maior liberação. 

De acordo com a presidente regional da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-PE), Tatiana Marques, o setor quer uma retomada “pela complexidade e exigências sanitárias de cada evento”, o que pode viabilizar de maneira mais rápida e segura alguma flexibilização. “A nível de entendimentos, o que evoluiu até hoje foi a abertura do governo de Pernambuco, para fazer o protocolo segmentado. O passo concreto dado foi esse. Outra coisa foi a entrega desse documento (protocolo), confeccionado com muito cuidado e participação de diversos organizadores de eventos, além da chancela do Hospital das Clínicas de São Paulo”, explica.

Sem conseguir estimar o número de trabalhadores e movimentação econômica que gira em torno da cadeia produtiva de eventos no Estado, Tatiana ressalta que a situação tem sido “desesperadora”, por até então não haver qualquer previsão em direção a uma possibilidade de retomada. “A gente tem uma cadeia produtiva de eventos, vamos de grandes eventos, como Carnaval, São João, festivais até festas pequenas, seminários, simpósio, congresso, feiras de negócios e eventos sociais. O que a gente quer é isso, que o governo aprofunde a conversa com as entidades oficiais para que se possa fazer um protocolo definitivo por segmento de evento, sendo sempre atualizado de acordo com a curva da pandemia”, reforça a presidente da Abeoc-PE.

Sem festas

Sem saber quando poderão voltar às atividades, empresários do setor vivem em função de garantir o pagamento dos custos sem gerar nenhuma receita. A conta deficitária tem resultado em demissões e até mesmo entrega de pontos físicos alugados por algumas empresas.

“Para a gente é o pior dos mundos. Primeiro deu uma reduzida para eventos com até 500 pessoas, depois 50 pessoas e zerou ainda em março. Com o passar do tempo, a gente tinha a expectativa de acabar tudo um pouco mais rápido, as a pandemia está aí e ficamos meio abandonados. Não dão resposta. Estamos na esperança de voltar, mas sem a menor perspectiva”, resume o administrador da Blue Angel, Renato Mello.

Mesmo sem funcionar, ele precisa dar conta de um custo fixo de R$ 50 mil. Só de funcionários fixos, são 35 pessoas. “Num evento com 1 mil pessoas, a gente chega a ter 120 garçons e mais 40 pessoas na cozinha. É muita gente que depende disso”, lamenta. Segundo Mello, uma recepção localizada no bairro de Apipucos já fechou as portas e passou a atender apenas com o serviço de buffet.
Para pressionar o governo, empresários ligados ao segmentos de festas e eventos lançaram uma petição online intitulada Movimento Voltar a Celebrar em Pernambuco em 2020. A cobrança é pela definição dos termo finais de um protocolo, além da liberação da retomada para realização de eventos de “menor porte”.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC), o protocolo elaborado para a volta dos eventos já foi avaliado e debatido com a Abeoc-PE “de forma positiva”. "Na ocasião, ficou determinado que a Abeoc-PE enviará nova proposta de protocolos para o segmento até a próxima semana”, diz a SDEC.

Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário de Turismo e Lazer do Estado, Rodrigo Novaes, disse que é difícil fazer a avaliação do tempo correto e do que vai dar certo, mas sinalizou para uma flexibilização a partir do mês de outubro. “A gente reabriu agora os setores de alimentação, academias. Os estabelecimentos, shows e eventos deverão vir num formato diferente. Pessoal de casamentos e evento social devem vir com limitação de 50 pessoas, agora, eu acho, no mês de outubro. E a liberação somente no próximo ano”, afirmou.

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