O Banco Mundial divulgou um comunicado, na noite desta quinta-feira (30), informando que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi aceito para o cargo de diretor executivo no conselho da instituição. Ele deve assumir o posto na primeira semana de agosto e ficará até 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição.
"O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco", traz o comunicado.
No texto, o Banco Mundial ressaltou que diretores executivos não são funcionários da instituição. "Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas", acrescentou a instituição", diz o trecho.
No dia 25 de junho, a associação de funcionários do Banco Mundial cobrou o Comitê de Ética da instituição a respeito da indicação do ex-ministro da Educação para uma diretoria executiva. Dias antes os funcionários pediram a abertura de uma investigação sobre Weintraub, mas receberam uma resposta negativa.
Na época, o grupo que representa os trabalhadores do banco afirmou que o código de conduta interno prevê recomendações sobre problemas de conduta mesmo em situações prévias ao futuro emprego. No pedido de suspensão e avaliação da nomeação de Weintraub, a mesma associação citou falas preconceituosas do ministro sobre a China e minorias, além do posicionamento a respeito da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Na carta de 25 de junho, o grupo colocou a imagem do tuíte de Weintraub em que usa de personagens da Turma da Mônica para ridicularizar os chineses.