O Sebrae-PE está lançando nesta quarta-feira (5) um programa de apoio e capacitação para lojistas que atuam em shopping centers. Chamado de Shopping Inovador - Experiências muito além da compra, o programa que envolve capacitações e consultorias especializadas é voltado para empreendedores lojistas, funcionários e gestores dos centros de compras. Segundo a Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), existem em todo o estado, 20 shoppings que agregam 3.150 lojas e geram cerca de 48 mil empregos diretos e 250 mil indiretos.
O analista do Sebrae, Vítor Abreu, coordenador do programa Shopping Inovador, em Pernambuco, disse que o objetivo é o de preparar as empresas para este novo momento do comércio. “Os shoppings representam um conjunto de várias empresas e boa parte delas são de pequenos negócios, o público alvo do Sebrae. Como todo varejo físico, estão passando por um momento de transformação. O que queremos é preparar esse comerciante para este novo momento, dando a ele ferramentas de gestão e de comunicação, além de orientá-lo para proporcionar ao cliente experiências que vão além da venda”, afirmou o analista. Para se inscrever no programa Shopping Inovador é preciso contactar o Sebrae -PE através do telefone 0800 570 0800.
Dividido em três módulos, sendo o primeiro deles gratuito, o programa envolve no primeiro momento o diagnóstico gerencial da empresa e a consultoria de gestão e de design de comunicação. A segunda fase é de aprofundamento nas ferramentas de comércio digital, uso de sistemas digitais de gestão e otimização de fluxos internos. Na terceira fase vem a experiência no ponto de vendas. “Todas as estratégias serão alinhadas com as estratégias de vendas do próprio shopping, mas cada loja, a partir de seu segmento de negócio e de sua realidade terá acesso a algumas soluções personalizadas”, afirmou Abreu. O investimento no módulo 2 do programa varia de R$ 90 a R$ 1.250, podendo chegar R$ 3 mil no módulo 3, dependendo das soluções demandadas pelo comerciante.
Um dos temas abordado no programa é o impacto do comércio eletrônico nas vendas do varejo tradicional. “o que a gente percebe é que muitos lojistas estavam presos ao modelo puramente físico e acabaram negando por completo a necessidade de uma presença digital”, afirmou Vítor Abreu. O analista diz que uma estratégia para impactar vendas é estar na internet, seja para vender concretamente ou, pelo menos, marcar presença nas redes sociais. Outro tema abordado, dessa vez voltado para as vendas presenciais, é como manter a loja atrativa, ainda mais com a concorrência do e-commerce. É onde entra a experiência proporcionada ao cliente pelo ponto de venda. “Vai desde a abordagem do vendedor, passando pela iluminação, a ambientação, trilha sonora e até ao aroma empregado na loja” ensina Vítor Abreu.
Para o coordenador do programa do Sebrae, o shopping é um conjunto de centenas de empresas que atuam individualmente, mas de maneira solidária. Quando uma loja se torna atrativa para o cliente, ela colabora para aumentar o fluxo de pessoas no shopping e acaba contribuindo para as outras operações. “É o que eu chamo de retroalimentação do comércio”, resumiu o analista.