Confiança da construção recupera 82% das perdas entre março e abril, diz FGV

O saldo positivo do índice foi puxado principalmente pela melhora na avaliação dos empresários do setor acerca do momento corrente
Agência Estado
Agência Estado
Agência Estado
Publicado em 26/08/2020 às 9:33
O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 5,8 pontos, para 81,8 - apenas 5,88% abaixo dos 86,7 de fevereiro Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 4,1 pontos em agosto e atingiu os 87,8, de 83,7 em julho, segundo informou nesta quarta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a quarta alta mensal consecutiva do indicador, que já recuperou 82% das perdas registradas entre março e abril de 2020.
O saldo positivo do índice foi puxado principalmente pela melhora na avaliação dos empresários do setor acerca do momento corrente. O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 5,8 pontos, para 81,8 - apenas 5,88% abaixo dos 86,7 de fevereiro. Nas aberturas, houve acréscimos de 6,8 pontos no indicador de situação atual dos negócios (84,0) e de 4,9 pontos no indicador de carteira de contratos (79,8).
 
Também foi registrada melhora no Índice de Expectativas (IE) dos empresários da construção. O indicador subiu 2,4 pontos, para 94,1, e já recuperou 87,5% das perdas registradas em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Houve melhora nas duas aberturas do IE: o indicador de demanda prevista avançou 1,9 ponto, para 94, e o indicador de tendência dos negócios subiu 2,7 pontos, para 94,1.
 
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção avançou 3,6 pontos porcentuais, para 73,5%. A maior contribuição de alta partiu do Nuci de mão de obra, com alta de 3,8 pontos porcentuais, para 75,2%. O Nuci de máquinas e equipamentos avançou 2,6 pontos porcentuais, para 64,5%.
 
"Mesmo com a retomada a um cenário anterior de atividades, o ciclo produtivo foi afetado, uma vez que durante a pandemia muitos negócios foram adiados ou cancelados. Para 35,6% das empresas, os negócios continuam fracos, contra 29% em fevereiro, o que significa que a retomada está sendo mais difícil para algumas empresas", pondera, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo.
 
No material de divulgação do ICST, a FGV chama atenção para a melhora da percepção do setor de construção acerca da demanda. De acordo com o indicador, em agosto apenas 44,4% dos empresários citaram a "demanda insuficiente" como um fator de limitação aos negócios, contra 60,3% em abril. É o menor porcentual desde fevereiro de 2015 (44,1%).
 
Na outra ponta, o fator "escassez de material e/ou equipamentos" foi citado por 7,8% dos entrevistados, o maior porcentual desde setembro de 2010 (9,8%). "É provável que essa dificuldade esteja relacionada ao aumento expressivo da demanda de materiais por parte das famílias", disse, na nota, Ana Maria Castelo.
 
TAGS
Economia construção fgv
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory