Greve

Pernambuco é o segundo estado com maior adesão à greve dos Correios

Segundo o sindicato que representa a categoria, cerca de 75% dos funcionários pararam de trabalhar no estado

Douglas Hacknen
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Douglas Hacknen
Publicado em 02/09/2020 às 17:58 | Atualizado em 02/09/2020 às 18:05
SÉRGIO BERNARDO/ACERVO JC IMAGEM
De acordo com o levantamento feito, mais de 70% dos empregados não estão trabalhando normalmente. - FOTO: SÉRGIO BERNARDO/ACERVO JC IMAGEM

Segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINTECT), o estado de Pernambuco é o segundo com maior adesão à greve nacional dos funcionários da estatal. Parados desde o dia 17 de agosto, os trabalhadores da empresa pública não têm data para retornar e aguardam o julgamento das solicitações no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Sintect informou que mais de 70% da força de trabalho aderiam à greve no estado.

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O estado que lidera a lista de paralisação é São Paulo com um contingente de 80%, logo em seguida vem Pernambuco com cerca de 75% dos empregados e empatados na terceira colocação, com 70%, aparecem Rio de Janeiro, Paraná e Bahia. Os números fazem parte de uma estimativa feita pelo sindicato. Os carteiros correspondem a maior parcela dos grevistas.

Nessa terça-feira (1), o TST proibiu que haja cortes nos salários das pessoas que aderiram ao movimento. A ministra do Tribunal, Kátia Magalhães Arruda, relatora do dissídio coletivo de greve dos Correios, proibiu a empresa de descontar salários dos empregados da empresa que estão em greve. A magistrada determinou ainda que 70% dos funcionários continuem trabalhando. 

Motivação da greve

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), segundo os trabalhadores, iria retirar 70 cláusulas do atual ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), acabando com os 30% do adicional de risco; auxílio creche/babá; 70% sobre férias; indenização por morte e auxílio para lhos com necessidades especiais; pagamento de horas extras, e entre outros direitos dos trabalhadores da ativa e aposentados. A estatal também propôs equiparar os direitos dos trabalhadores com os da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

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Os funcionários protestam também contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus. Agora os funcionários aguardam o julgamento do Dissídio pelo Tribunal Superior do Trabalho, que ainda não tem data para acontecer.

Negociações

No último dia 27 de agosto, a ECT rejeitou proposta apresentada pelo TST e aceita pelos trabalhadores. Na negociação, a vice-presidência do TST enviou a proposta dos trabalhadores que propunham ficar sem o reajuste salarial, desde que as medidas do atual Acordo Coletivo de Trabalho fosse prorrogado por, pelo menos, mais um ano. Caso um acordo não seja consumado, o Tribunal deve julgar o impasse.

Próxima manifestação

Um ato está marcado para ocorrer nesta quinta-feira (2), na Central de Distribuição do Bongi, no bairro do Prado, no Recife. De acordo com o Sintect-PE, a manifestação tem horário previsto para começar às 8h.

 

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