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PIB Indicador mensal da Condepe/Fidem e índice do BC mostram crescimento em agosto

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 22/10/2020 às 2:00
YACY RIBEIRO
REAÇÃO Alimentação fora do lar. Setor de serviços demora mais para engrenar no cenário pós-pandemia - FOTO: YACY RIBEIRO
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Dois indicadores divulgados ontem sinalizam que a economia pernambucana está no caminho da retomada, após os meses mais críticos da pandemia do novo coronavírus. o PIB mensal, apresentado pela Condepe/Fidem, mostra uma taxa de crescimento de 2% em agosto, na comparação com julho. Já o IBC-Br — índice do Banco Central criado para antecipar o resultado do PIB -, que usa uma metodologia diferente, aponta para um avanço de 0,19% em agosto, na comparação com julho.

Os dados revelam que a agropecuária e a indústria são os setores que estão puxando a retomada, enquanto os serviços (incluindo o comércio) demoram mais a engrenar. A indústria, além de não ter paralisado as atividades durante a quarentena, precisou produzir e formar estoques rapidamente para atender a demanda reprimida dos setores na fase de reabertura.

Já a agropecuária continuou produzindo para suprir a demanda com o aumento do consumo de alimentos em casa e também teve que se preparar para a volta da quarentena.

Na avaliação da secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maíra Fisher, a reação estadual não está baseada apenas no momento conjuntural de reabertura dos negócios e demanda reprimida. "Os números mostram que essa recuperação é mais consistente. O IBC-Br cresce há quatro meses e o PIB também. Apesar de estarmos falando de metodologias diferentes, os dois indicadores apontam a mesma tendência", destaca.

A secretária afirma que, se continuar nesse ritmo, o resultado do ano será melhor do que o esperado, diante da traumática crise da covid-19. A expectativa não é fechar positivo, mas pelo menos com uma taxa negativa menor. No acumulado de janeiro a agosto, o resultado do PIB está negativo em 3,8%.

"Acreditamos em dois fatores que explicam essa reação da economia pernambucana. Um deles é que o PIB já vinha crescendo antes da pandemia e mais do que o Brasil. E o outro foi o esforço do governo do Estado para manter o setor industrial fora das restrições. Criamos um comitê de abastecimento para que os produtos não deixassem de chegar aos pontos de vendas e cuidamos para que os trabalhadores na indústria conseguissem chegar a seus postos", observa.

Pesquisas de acompanhamento dos setores corroboram o movimento de recuperação. Em agosto, a produção industrial avançou 10% na comparação a igual mês de 2019. Mesmo com a pandemia, a atividade ainda contabiliza discreto desempenho positivo no acumulado do ano (0,9%).

O varejo, mais impactado pelo fechamento dos negócios na quarentena do que a indústria, aponta taxas maiores de crescimento, mas sobre uma margem baixa. Em agosto, as vendas cresceram 2,5% sobre julho e 8,6% em relação a agosto de 2019.

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