A construção de novas fábricas no interior de Pernambuco deve gerar cerca de 477 novos postos de trabalho. Com investimentos que chegam a R$ 128, três empresas devem ampliar ou construir fábricas no Agreste e na Zona da Mata do Estado. Os novos empreendimentos foram anunciados nesta sexta-feira (30) pelo governador Paulo Câmara (PSB), que visitou as obras das indústrias.
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"É Pernambuco ajudando o Brasil e o Nordeste a voltarem a crescer, a se desenvolverem, a gerar emprego diante de um período tão difícil que nós passamos”, afirmou o governador durante a visita ao interior do Estado.
Em Limoeiro, no Agreste, além de anunciar a instalação da nova sede da Lapon Indústria Farmacêutica, Câmara inaugurou a infraestrutura de acesso viário ao polo empresarial da cidade, que vai abrigar també outras 14 empresas. Ao todo, segundo o governo de Pernambuco, os investimentos públicos na cidade somam R$ 7,1 milhões e foram realizados por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).
Com isso, empresas já podem iniciar a construção de suas plantas no local, a exemplo da Lapon que investirá R$ 52 milhões na construção da nova fábrica e modernização da linha de produção, com estimativa de criar 155 empregos. A nova planta terá uma área de cinco hectares com obras previstas para começar no segundo semestre de 2021. A unidade produz 120 tipos de medicamentos, dos quais 40 estão em linha de produção atualmente, atendendo grandes redes farmacêuticas do Nordeste e Sudeste.
Em Glória do Goitá, na Zona da Mata, a fábrica da Total Plast também passa por obras de ampliação, para, em breve, produzir copos e potes de EPS (isopor). Os investimentos chegam a R$ 6 milhões, com a geração de 60 empregos, e a nova operação deverá ser iniciada ainda em 2020. A empresa possui atualmente 650 funcionários em todo o Brasil, sendo 438 em Pernambuco.
Nova fábrica
Pombos, também na Mata Pernambucana, receberá uma filial da empresa baiana OL Indústria de Papéis. A expectativas dos investidores, que aportaram cerca de R$ 70 milhões no empreendimento, é de gerar 262 empregos diretos. Após inauguradas as instalações da nova fábrica, a OL Papéis deve focar na produção de fraldas descartáveis, papel higiênico e papel toalha.
Com a fábrica em Pernambuco – numa área de 4,18 hectares – a empresa espera reduzir o custo logístico para outras praças do Nordeste, aumentando seu market share na região e direcionando a produção na unidade baiana para os mercados consumidores do Sudeste e Centro-Oeste.
“Nossa escolha foi estratégica. Queremos expandir a presença dos produtos no varejo pernambucano e nos estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Nosso negócio trata de produtos essenciais, e a pandemia acabou por não impactar em nossas vendas. Muito pelo contrário, tivemos crescimento”, contou o sócio-diretor da indústria, Valdecir Roberto Bechel.
Incentivo fiscal
Como contrapartida para atração do investimento da OL Papéis, o governo estadual deve conceder, até 2032, um incentivo fiscal de crédito presumido do ICMS de até 90%, correspondente à redução do saldo devedor do imposto apurado em cada período fiscal, enquadrado nas normas de habilitação do Programa de Estímulo à Indústria do Estado de Pernambuco (Proind).
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