Mercado de Trabalho

Pernambuco abriu 1.421 empregos formais em janeiro; pouco para diminuir a multidão de 640 mil desempregados

Setores que criaram mais vagas com carteira assinada foram construção e serviços, enquanto a indústria perdeu postos de trabalho

Adriana Guarda
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Publicado em 16/03/2021 às 20:41
LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
NÃO HÁ VAGAS Brasil terá 14 milhões de desempregados em 2022, de acordo com a projeção divulgada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), nesta segunda-feira (17) - FOTO: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
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Pernambuco iniciou 2021 com um saldo (admissões menos demissões) positivo de 1.421 empregos com carteira assinada. Apesar de o governo do Estado comemorar o resultado como o melhor janeiro dos últimos 21 anos, a criação de vagas é minúscula diante da multidão de 640 mil desempregados e quando comparada a estados como Bahia (15.049), Ceará (7.872) e até estados menores como Rio Grande do Norte (2.247) e Piauí (1.624). 

A boa notícia é que foram abertos postos de trabalho em setores bastante prejudicados pela pandemia, como serviços e construção. Serviços foi a atividade mais afetada no ano passado pelo lockdown, sendo uma das primeiras a fechar e uma das últimas a reabrir. De acordo com o Novo Caged, divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Economia, os serviços abriram 1.412 vagas formais no Estado; enquanto a construção criou 1.448. 

INDÚSTRIA

Já a indústria pernambucana, que lutou bravamente no ano passado e ainda conseguiu fechar o exercício com crescimento de 1%, registrou um janeiro com perda de 1.591 vagas. "A situação é preocupante e poderá piorar com a decisão do governo de Pernambuco de decretar um novo lockdown sem ouvir os setores que serão prejudicados", observa o presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. Desta quinta (18) até o próximo dia 28 só poderão funcionar as atividades essenciais, fechando novamente os setores de comércio e serviços. 

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Pesquisa realizada pela Federação com empresários do setor, aponta que quase a metade (46,27%) dos entrevistados precisou demitir para manter os negócios funcionando e 67,2% deles ainda não conseguiram recontratar novos funcionários.

No ano passado, desde março quando começou a pandemia até dezembro, Pernambuco perdeu 374 mil vagas de emprego. Em 2021, com a segunda onda da pandemia da covid-19 em ritmo acelerado e a necessidade de decretar um novo lockdown, o mercado de trabalho deverá sofrer mais um sobressalto.  

 

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