No auge da crise econômica que ocorreu no ano passado, a startup FindUp cresceu 47% do seu faturamento, comparando 2020 com 2019. A empresa oferece serviço de suporte de Tecnologia da Informação (TI) - também chamado de Field Services - a grandes empresas, utilizando um modelo parecido com o usado pelo Uber. "Conectamos os técnicos de informática às grandes empresas. O cliente faz um cadastro e pede o serviço utilizando uma plataforma digital. O técnico chega ao local em que o serviço é demandado, no máximo até três horas, depois que é formalizado o pedido. O home office agregou ao nosso serviço", conta o CEO e fundador da startup, Fábio Freire. A empresa nasceu no ambiente do Porto Digital.
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Com a crise sanitária do coronavírus uma parte dos funcionários dos clientes da startup, passaram a trabalhar nas suas casas. "A pandemia contribuiu para esse aumento, mas crescemos dentro do que já estava projetado", resume Fábio. Segundo ele, o modo como o serviço é oferecido vem permitindo a empresa crescer, porque há empresas grandes oferecendo o mesmo serviço, mas não possuem a agilidade da FindUp. A empresa tem como clientes empresas como Riachuelo, Magazine Luíza, Centauro, Pernambucanas e Azul Linhas Aéreas. "O nosso grande cliente é o varejo. Quanto mais o cliente tem filiais mais precisa dos serviços da FindUp", argumenta Fábio.
Na mesma plataforma em que o cliente fez o pedido do técnico, é possível o usuário também fazer uma avaliação dando uma nota ao serviço prestado e acompanhar o deslocamento do técnico on line, como também ocorre com os aplicativos de transporte . A empresa tem um cadastro formado por 12 mil profissionais espalhados por 790 cidades do País. "Estes técnicos mandam a documentação, a gente analisa e eles fazem uma prova", conta Fábio. A finalidade da avaliação é avaliar algo básico: o conhecimento sobre o serviço a ser oferecido.
A empresa faz uma espécie de controle da quantidade dos técnicos que estão na ativa. "Só vai entrando mais gente pra trabalhar à medida que a demanda vai aumentando", comenta Fábio, ao ser questionado se não há uma tendência de ocorrer uma "uberização" desses técnicos. Entre outras coisas, esse termo significa uma baixa remuneração devido à grande quantidade de prestadores do serviço.
A FindUp começou embarcado no Porto Digital. Inicialmente, prestava serviços de TI para pessoas físicas." A gente já trabalhava com a transformação digital em 2015, quando a empresa nasceu. No Porto Digital, tivemos um conselho consultivo formado por profissionais como Sérgio Cavalcanti, Claudio Marinho, Fred Vasconcelos e Guilherme Cavalcanti que nos ajudaram muito nos momentos em que tínhamos muitas perguntas e poucas respostas", lembra Fábio que tem mais dois sócios, desde o início do empreendimento: Gustavo Ferreira e Tiago Lira.
Atualmente, a empresa usa tecnologias como geolocalização, machine learning e big data no atendimento e gerenciamento das suas atividades. No ano passado, a FindUp apresentou um faturamento de R$ 4,7 milhões, continua com sua sede no Porto Digital, tem um escritório em São Paulo e 42 funcionários. No ano passado, a empresa recebeu um aporte da Domo Invest, o que leva Fábio a acreditar que a empresa vai continuar crescendo no mesmo ritmo em 2021. "A pandemia acelerou um processo de transformação digital. No futuro, todas as empresas serão de tecnologia também. É hora de pensar na transformação do negócio", conclui.
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