Medidas restritivas

Pernambuco terá, a partir desta segunda (24), mais 14 dias de restrições; veja o que pode e o que não pode em cada município

Prorrogação do decreto assinado pelo governador Paulo Câmara terá validade até 6 de junho

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Adriana Guarda

Publicado em 23/05/2021 às 17:07 | Atualizado em 23/05/2021 às 17:38
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A partir desta segunda-feira (24) começa a vigorar o decreto do governo de Pernambuco, que estende as medidas restritivas para as atividades econômicas até o dia 6 de junho. A decisão se seu por conta do avanço da pandemia da covid-19 no Estado. Em entrevista na quinta-feira (20), o secretário de Saúde André Longo não descartou a possibilidade de adotar novas medidas, de acordo com a necessidade. Em função de cenários diferentes da doença por região do Estado, as restrições são diferentes. 

Atualmente, de acordo com o Plano de Convivência com a Covid-19, as atividades econômicas da Região Metropolitana do Recife (RMR) têm condições de funcionamento um pouco mais flexíveis que as das regiões de Caruaru (32 municípios) e Garanhuns (21), que concentram 53 municípios. Isso por conta da rede de saúde no interior, que com a ocupação da rede pública de saúde no limite. 

Veja como ficam os horários de funcionamento?  

1. Comércio do centro, dos bairros e de praia

Na RMR, o comércio varejista do Centro pode funcionar das 10h às 20h nos dias de semana e das 9h às 17h ou das 10h às 18h no final de semana. Já o comércio de praia tem o funcionamento limitado de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, sendo proibido de abrir aos finais de semana para não estimular aglomeração nas praias. Os barraqueiros de praia se posicionaram contra a medida, mas o governo manteve o decreto, argumentando a necessidade de controlar o contágio pela doença. Este final de semana, as prais do Pina e de Boa Viagem foram maus exemplos de aglomeração. O comércio varejista dos bairros também tem suas restrições. Durante os dias da semana os comerciantes podem optar por fazer um dos três horários estabelecidos: das 8h às 18h; das 09h às 19h ou das 10h às 20h. Nos finais de semana podem escolher fazer das 9h às 17h ou das 10h às 18h. 

2. Shopping centers e galerias 

Os shoppings e galerias comerciais do Grande Recife estão autorizados a funcionar nos dias de semana e nos finais de semana, mas com horários reduzidos. Só é permitido fazer dez horas contínuas, enquanto no horário normal desses estabelecimentos o funcionamento é de até doze horas. Nos dias de semana o horário pode ser das 10h às 20h e nos finais de semana de 9h às 17h ou de 10h às 18h. Uma alternativa aos consumidores é fazer uso do serviço de delivery, que continua em funcionamento.  

3. Lojas de material de construção

As lojas de construção também estão funcionando com horário limitado, podendo abrir em quatro horários diferentes durante a semana: das 7h às 17h; das 8h às 18h; das 9 às 19h ou das 10h às 20h. Já nos finais de semana ficam estabelecidos os horários das 9h às 17h ou das 10h às 18h. 

4. Academias, bares, restaurantes e salões de beleza

As academias, bares e restaurantes e salões de beleza estão autorizados a funcionar das 5h às 20h e das 10h às 20h de segunda a sexta. Já no final de semana o horário é das 5h às 18h, das 9h às 17h ou das 10h às 18h. O setor de bares e restaurantes foi um dos mais prejudicados pela pandemia e não consegue fazer uma recuperação rápida. 

AGRESTE COM MAIS RESTRIÇÕES 

No Agreste, que vem enfrentando uma escalada da covid-19, deixando os hospitais públicos sem condição de atendimento, o governo de Pernambuco anunciou medidas mais rígidas no dia 15 de maio. O decreto tem validade de 18 a 31 de maio. Um das medidas tomadas foi o fechamento das feiras do Polo de Confecções de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, que não poderão funcionar nos finais de semana nem na segunda-feira, dias em que acontecem as feiras. Pelo menos dez municípios giram em torno das feiras, que geram negócios para cerca de 100 mil pessoas, segundo o governo do Estado.  

Além das feiras, também está proibida a abertura de vários negócios nos finais de semana, a exemplo de shopping centers e galerias comerciais, lojas de material de construção, comércios de centro e de bairros, academias, bares, restaurantes e salões de beleza. Até o próximo dia 31, o governo deverá se pronunciar se prorroga o decreto ou afrouxa as restrições. Tudo vai depender do comportamento da covid-19 e da capacidade de atendimento da rede de saúde, que vive uma situação de caos. 

 

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