CONCESSÃO

Aeroporto do Recife: Aena confirma empresa e início da ampliação do terminal

Anúncio da gestora espanhola foi feito em linha com reunião na qual o ministro de infraestrutura, Tarcísio de Freitas, cobrou os investimentos após leilão dos aeroportos do País

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 12/11/2021 às 14:22 | Atualizado em 17/12/2021 às 18:24
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
NOS PLANOS Obras incluem ampliação do terminal, com mais pontes de embarque, aumento da capacidade operacional e incremento das áreas de pista - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
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A gestora espanhola Aena fechou a concorrência para dar início às obras de ampliação da infraestrutura do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes -Gilberto Freyre. Desde o início da concessão, em março de 2020, a empresa havia tocado apenas a primeira fase de investimentos, concluída ao total de R$ 120 milhões. De acordo com a companhia, nessa quarta-feira (10) foram realizadas as concorrências, que além do Recife, incluem os terminais de João Pessoa e Campina Grande. De passagem pela Europa, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, cobrou da empresa o cumprimento do cronograma das obras, que havia sido prolongado por oito meses, em função da pandemia da covid-19. 

 

Durante a reunião com o conselho, foram realizadas as concorrências das obras de ampliação da infraestrutura do Lote 1 (Aeroporto do Recife), tendo como vencedor o consórcio de empresas Método-Passarelli; e das obras do Lote 2 (Aeroportos de João Pessoa e Campina Grande), conquistadas pelo consórcio de empresas Teixeira Duarte & Alves Ribeiro.

Segundo a Aena, ainda resta a conclusão da concorrência para as obras dos aeroportos de Maceió, Aracaju e Juazeiro do Norte, que integram o Lote 3. 

Desde o leilão, a gestora espanhola avançou na primeira etapa de reparos com a renovação completa dos banheiros, dos sistemas de iluminação e climatização, sinalização, reparos nos telhados, fachadas e revitalização ou substituição de pisos do aeroporto. O presidente da Aena, Maurici Lucena, informou estes avanços ao ministro de Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, com quem esteve reunido nessa quinta-feira (11). Na ocasião, o ministro cobrou da Aena o cumprimento do cronograma de obras. 

O bloco do Nordeste, do qual faz parte o aeroporto do Recife (além de João Pessoa, Aracaju, Maceió, Campina Grande e Juazeiro do Norte), tem um montante total estimado em R$ 788 milhões de investimentos a serem feitos sob a concessão. de acordo com a Anac.

Com a conclusão da concorrência, as reformas dos seis aeroportos serão iniciadas, tanto no lado terra quanto no ar, no princípio do próximo ano (2022). A previsão da Aena é de entrega em 2023. 

No planejamento, de valores ainda incertos, está a ampliação do terminal, com mais pontes de embarque, aumento da capacidade operacional, adequação de segurança operacional, incremento das áreas de pista, táxi e pátio de voo, aumentando a quantidade de posições de estacionamento de aeronaves. Também estão previstas adequações do número de equipamentos de check-in, sistema de inspeção de bagagens, balcões aduaneiros e de imigração.

O terminal também tem a previsão de ganhar mais espaço comercial, podendo receber um maior número de lojas e restaurantes. 

A também está investindo em energia renovável para o aeroporto, e já foi ao mercado livre para comprar energia verde, totalmente de fontes certificadas, em acordo inicialmente válido por cinco anos.

Pelo contrato de concessão, a ampliação do terminal deve elevar a capacidade para processar simultaneamente, na hora pico, 1.891 passageiros no embarque doméstico e 455 no embarque internacional, 1.845 passageiros no desembarque doméstico e 345 no desembarque internacional.

No pátio, de forma simultânea e independente, deverá haver espaço para atender 27 aeronaves (dos tipos D,C e E - como Airbus A319 e Boeing B773) por pontes de embarque e posições remotas, além de instalação de sistema visual indicador de rampa de aproximação nas cabeceiras de pista de pousos e decolagens para manutenção das operações com aeronaves a jato, adequação da infraestrutura para que o aeroporto esteja habilitado a operar, no mínimo, em Regras de Voo por Instrumentos (IRF) não-precisão, sem restrição, noturno e diurno e sistema automatizado de gerenciamento e inspeção de segurança da bagagem para 100% dos despachos.

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