INFRAESTRUTURA

Pregão para concessão do Centro de Convenções será no dia 28 de março na B3, em São Paulo

A concessão para explorar o Centro de Convenções de Pernambuco terá o prazo de 35 anos e está previsto um investimento de R$ 28,7 milhões nos três primeiros anos da gestão da empresa privada

Angela Fernanda Belfort
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Angela Fernanda Belfort
Publicado em 11/01/2022 às 19:16
O Centro de Convenções é o principal equipamento usado para eventos no Grande Recife FOTO:
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O Centro de Convenções de Pernambuco terá a sua concessão num pregão a ser realizado pela B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) no dia 28 de março, segundo o edital de concessão publicado nesta terça-feira (11) no Diário Oficial do Estado.  Principal local para grandes eventos na Região Metropolitana do Recife, as melhorias deste equipamento são cobradas pelo trade turístico do Estado há mais de 10 anos. O Centro de Convenções tem uma receita de cerca de R$ 10 milhões por ano e despesas da ordem de R$ 28 milhões, segundo o presidente da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), Antonio Neves Baptista. O local recebeu 652 eventos em 2019, o último ano normal antes da pandemia do novo coronavírus. 

 >> Empetur contrata Bolsa de Valores de São Paulo para auxiliar na 'privatização' do Centro de Convenções

"A pandemia assusta a sociedade como um todo, mas as empresas que vão participar da concorrência são grandes e se planejam no longo prazo para uma concessão que terá um prazo de 35 anos", comenta Antonio. Segundo ele, a gestão privada pode tornar o equipamento financeiramente rentável. "A gestão privada vai ter uma gestão diferente com uma capacidade maior de fazer investimentos, agilidade para fazer obras, mais liberdade de comercialização e até uma mobilidade para participar do lucro dos eventos", comenta. 

A empresa que vencer a concessão terá que investir R$ 28,7 milhões nos três primeiros anos da concessão e R$ 540 milhões no prazo de 35 anos. Nos três primeiros meses da concessão, a gestão será partilhada entre a concessionária e a Empetur. "Depois disso, a Empetur vai ser o poder concedente e fiscalizador", diz Antonio. 

Vai vencer a concessão a empresa que oferecer um maior preço para explorar a concessão que prevê que a empresa privada faça a administração, operação, manutenção, exploração comercial e modernização do Centro de Convenções. O valor mínimo da outorga (valor pago para explorar a concessão) fixa é de R$ 4,7 milhões e a concessionária também pagará uma outorga variável de 5% do faturamento do Centro de Convenções anualmente.

O projeto da concessão prevê que seja instalada uma uma usina de geração solar fotovoltaica para o Centro se tornar sustentável em geração de energia, além de outras questões como reuso da água, acessibilidade, entre outras. "Depois do pregão, vamos fazer as análises técnicas de habilitação, adequação financeira etc. A nossa intenção é estar com o contrato de concessão assinado em meados de junho/julho", afirma Antonio.

Durante o período de concessão, o Parque Mirabilândia deve deixar o local, segundo Antonio. "Isso vai permitir que sejam realizados shows na área que hoje é do parque de diversões. Será otimizada a utilização do Centro de Convenções", argumenta. 

 

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