Seja você cliente ou comerciante, dificilmente não está ciente de que, hoje, não se vende mais apenas diretamente na loja. É possível concentrar no espaço físico os produtos e sua entrega ao consumidor, mas a amostragem do produto de forma alguma continua presa à vitrine.
Do pequeno comércio às grandes varejistas, disparos de mensagens com oferta de produtos podem e devem ser feitos.. Quem tem caixa para expandir mais fortemente a estratégia já usa ferramentas bem mais arrojadas do que deixar na mão de um funcionário um smartphone com contatos de clientes. As táticas avançam pela computação em nuvem e têm como resultado R$ 50 milhões de receita influenciada ao mês.
O resultado grandioso é fruto da transformação digital feita pela Arezzo & Co. No auge da pandemia, o grupo criou o seu próprio aplicativo, não para atender diretamente os clientes, para gerenciar as vendas, metas e distribuição de ofertas por parte dos vendedores, direcionando especificamente o tipo de produto e oferta que o cliente costuma se agradar e potencializado os resultados de vendas a partir disso.
Com a plataforma, que roda em nuvem, ou seja, não gera gastos adicionais com o desenvolvimento de infraestrutura tecnológica dentro da empresa - baseado em provedores externos - com suporte da Amazon Web Services, a companhia já soma 2,2 milhões de ativações mensais, com 30 mil links disseminados ao mês e 4,5 mil funcionários organizando seu tráfego de venda através da plataforma.
"Estamos agora num momento de definir como a plataforma vai evoluir. Atendemos vendedores, mas podemos atender também outra vertente ou até mesmo trazer novas funcionalidades que ficam perto do ecossistema dos vendedores", conta o head de negócios digitais da Arezzo, Murilo Jovtei.
E não é por acaso que a estratégia da Arezzo tenha dado certo. De acordo com levantamento online do WhatsApp em 11 países (EUA, França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Índia, México, Brasil, Indonésia, Tailândia e Vietnã), para entender as opiniões sobre mensagens comerciais, o Brasil está entre os países onde os consumidores mais enxergam valor no uso de mensagens pelas empresas para conversar com seus clientes.
Considerando o recorte local, 77% - frente a média global de 66% - dos adultos online concordam que as mensagens são a forma preferida de comunicação com uma empresa. Além disso, 70% - média global também de 66% - dos adultos online enviam mensagens para uma empresa ao menos uma vez por semana.
Levando em conta esses números dá para entender que não necessariamente o consumidor se incomoda com o contato da empresa via mensagem, sobretudo quando o que chega até ele é assertivo e permite-lhe efetuar uma compra da qual talvez não tivesse oportunidade sem que fosse "influenciado".
Marcas para diferentes públicos
A Arezzo&Co contava com marcas como Schutz e Anacapri em seu portfólio, hoje a carteira com 17 marcas, em 3 verticais diferentes de negócio. Nos últimos anos, marcas de calçados como a Vans Brasil, além de Reserva, Carol Bassi e Baw foram incorporadas pela companhia - atingindo os mais diversos segmentos de públicos.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas digitais da Arezzo&Co, considerando todas as marcas, ficaram 41% acima do mesmo período do ano passado, somando R$ 223 milhões.
O lucro líquido dos controladores cresceeu mais de três vezes, alcançando R$ 98 milhões, na comparação com o mesmo período de 2021. Enquanto isso, a receita líquida alcançou R$ 839 milhões, 68% acima do reportado de janeiro a março do ano passado.
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