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IBGE: desemprego em Pernambuco cai, mas Estado segue em segundo lugar no ranking do Brasil

A nível nacional, o desemprego afeta 9,3% da população. O estado com mais pessoas desocupadas é o da Bahia, com taxa de 15,5%. Pernambuco vem em seguida, com 13,6%

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 12/08/2022 às 13:42 | Atualizado em 12/08/2022 às 14:10
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A taxa de desemprego tem caído lentamente no País - FOTO: NE10
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O desemprego em Pernambuco caiu para 13,6% da população a partir de 14 anos no 2º trimestre de 2022 - 3,4 pontos percentuais a menos que no primeiro trimestre. Apesar do recuo, o Estado continua tendo a segunda maior taxa de desocupação do Brasil.

A nível nacional, o desemprego afeta 9,3% da população. O estado com mais pessoas desocupadas é o da Bahia, com taxa de 15,5%. Os dados foram divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em números absolutos, 578 mil pernambucanos procuraram emprego entre abril, maio e junho e não encontraram, uma redução de 20,2%, ou 146 mil desempregados a menos, em relação ao trimestre anterior.

Esta também foi a menor taxa de desocupação desde o início da pandemia no Estado, acompanhando a tendência nacional.

Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de 3 milhões e 531 mil pessoas no 1º trimestre deste ano para 3 milhões e 686 mil trabalhadores no 2º trimestre, o que equivale a um aumento de 4,4%, ou 155 mil pessoas a mais.

Com relação ao mesmo período de 2021, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,1%.

Por posição na ocupação, houve um aumento de 4,2% entre a população empregada no acumulado de abril, maio e junho, e um avanço ainda maior, de 7%, entre a população que trabalha por conta própria.

No total, 32,2% dos pernambucanos ocupados, ou seja, quase um terço deles, trabalha por conta própria, seja de maneira formalizada ou não. Por outro lado, houve uma queda de 17,4% nos trabalhadores familiares auxiliares, que trabalham sem remuneração ajudando na atividade econômica de membro do domicílio ou parente.

Informalidade em Pernambuco fica estável no 2º trimestre de 2022

A PNAD também traz que a taxa de informalidade em Pernambuco aumentou apenas 0,1% no 2º trimestre de 2022 em comparação ao trimestre anterior, o que, na prática, deixa o estado em situação de estabilidade neste indicador.

No estado, 52,9% dos trabalhadores ocupados são informais, o equivalente a 1 milhão e 949 mil pessoas, número que deixa o estado em sexto lugar no ranking nacional. No Brasil, a taxa de informalidade é de 40% da população ocupada.

Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 2º trimestre de 2022 foi de R$ 1.740, valor estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o segundo semestre de 2021, houve uma perda de 12,8%, agravada pela inflação do período.

A pesquisa também mostra que o número de pessoas desalentadas chegou a 268 mil pessoas no 3º trimestre de 2021, 15,8% a menos do que no período anterior. Essa parcela que havia desistido de procurar emprego voltou a fazê-lo.

A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

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