Com medidas tributárias, saiba o que pode ficar mais barato no Brasil

Pelo Boletim Focus divulgado ontem, a mediana esperada pelo mercado financeiro para os preços administrados no ano caiu pela 10.ª semana seguida
Da redação
com Agência Estado
Publicado em 01/08/2022 às 21:43
REAJUSTE Em Pernambuco, Copergás aumentou preço do gás natural Foto: DIVULGAÇÃO


Sob o efeito das medidas tributárias para reduzir os preços de combustíveis e energia, os itens administrados podem ter em 2022 a primeira deflação anual desde o Plano Real, conforme a série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) consultada pelo economista Leonardo França Costa, da ASA Investments, a pedido do Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A taxa mais baixa registrada até hoje para o período foi de 1,55%, em 2013, durante a intervenção da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nos preços da conta de luz.

Pelo Boletim Focus divulgado ontem, a mediana esperada pelo mercado financeiro para os preços administrados no ano caiu pela 10.ª semana seguida, e passou a indicar deflação de 0,75% - ante alta de 0,01% na semana anterior. A queda livre, iniciada do pico projetado de 8,06%, está diretamente relacionada à ofensiva do governo federal para baixar os preços de combustíveis e energia às vésperas da eleição.

A deflação nos preços de administrados é atípica porque esse grupo reúne muitos produtos e serviços que costumam ter os reajustes anuais indexados à inflação do ano anterior, como planos de saúde, tarifas de energia e medicamentos. No passado, a indexação era feita pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é muito afetado por preços de commodities e pelo dólar, e costuma ter taxas mais elevadas do que o indicador de inflação ao consumidor.

O governo zerou impostos federais sobre os combustíveis e patrocinou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18 para limitar a alíquota de ICMS, um tributo estadual, entre 17% e 18% sobre itens como combustíveis e energia elétrica.

Assim como ocorreu nos anos seguintes a 2013, o mercado financeiro espera um "efeito rebote" parcial no ano que vem, uma vez que a expectativa é de que os impostos federais voltem a ser cobrados. Pelo Focus, a expectativa para os preços administrados em 2023 subiu pela 12.ª semana seguida, de 7,06% para 7,08%.

Há 12 semanas, a projeção era de 4,52%. Após a taxa de 1,55% em 2013, os preços administrados subiram 5,3%, em 2014, e 18,1% em 2015, quando o governo Dilma liberou os aumentos na conta de luz.

GÁS NATURAL

Sem alarde, o Diário Oficial de Pernambuco de sábado (30) informou a autorização da Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE) para a estatal Copergás aumentar o preço do gás natural fornecido pela empresa no Estado.

O aumento autorizado, solicitado pelo governo do Estado através da Copergás é de 8,59% (oito inteiros e cinquenta e nove centésimos por cento) para o gás natural.

O aumento foi justificado, segundo o ato, pela "Recomposição da Tarifa Média Operacional da Companhia Pernambucana de Gás - COPERGÁS decorrente do aumento dos Preços de Venda dos Supridores de Gás Natural".

A medida já é valida desde sábado e atinge clientes residenciais, veiculares e industriais que utilizam o gás natural no Estado.

 

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