Em julho, a indústria brasileira ainda operava 17,3% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nessa sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Na categoria de bens de capital, a produção está 28,2% abaixo do pico registrado em abril de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 41,9% abaixo do ápice de março de 2011.
Os bens intermediários estão 14,6% aquém do auge de julho de 2008, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 14,0% inferior ao pico de junho de 2013.
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em junho ante maio, de -0,4% para -0,3%. A taxa de maio ante abril passou de 0,3% para 0,4%.
O resultado dos bens de capital em junho ante maio foi revisto de -1,5% para -1,9%. O dado do quinto mês de 2022 em relação a abril saiu de 7,5% para 7,1%.
Na categoria de bens intermediários, a taxa de junho ante maio foi revista de -0,8% para -1,1%. O dado de maio ante abril passou de -1,5% para -1,1%.
O resultado de bens de consumo duráveis em junho no confronto com maio passou de 6,4% para 6,0%. A taxa de maio ante abril saiu de 4,1% para 3,9%.
Nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis, a taxa de junho ante maio saiu de -0,7% para -0,9%. O resultado de maio ante abril passou de 0,6% para 0,9%.
CNI
Diferente dos números do IBGE, a CNI apresentou um cenário mais favorável na comparação entre os últimos 30 dias.
O faturamento real da indústria de transformação registrou avanço de 1,0% em julho em relação ao resultado de junho, na série livre de efeitos sazonais, da pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta sexta-feira, 2, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade destaca que este é o terceiro aumento seguido do índice de faturamento, que está em trajetória de alta desde novembro de 2021.
Em julho, a pesquisa mostra crescimento também dos índices do emprego (0,5% em relação a junho), da massa salarial (1,3%) e do rendimento médio (1%). "Em termos de emprego, o segundo semestre se inicia com fôlego semelhante ao da primeira metade do ano. Já a massa salarial e o rendimento médio mostram recuperação e atingem seus pontos mais altos de 2022", cita o estudo.
A economista da CNI Larissa Nocko diz que a melhora generalizada dos indicadores é consequência da recuperação do poder de compra das famílias, com consequente alta no consumo. "A melhora também é consequência da forma como parte da indústria de transformação tem contornado as dificuldades com relação ao fornecimento de insumos".
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