Em meio ao registro da morte de um turista alemão no Centro do Recife, o governo do Estado, por meio da secretaria de Turismo, exaltou os resultados de um ano marcado pela retomada dos voos internacionais após o período mais crítico da pandemia. O ano de 2022 contou, de janeiro a novembro, com quase 7,969 milhões de passageiros no Aeroporto Internacional do Recife, número acima dos 7,938 milhões do mesmo período em 2019, mas a capital tem deixado a desejar em aspectos como a segurança dos visitantes.
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Atualmente, a capital do Estado conta com ligações diretas para 47 destinos, sendo 44 nacionais e três internacionais. Para fora do Brasil, saem do Recife conexões em direção a Lisboa, Montevidéu e
Buenos Aires - esta última retomada no último dia 3. Para o início de 2023, a Azul já confirmou Fort Lauderdale e Orlando, nos Estados Unidos.
A presença de mais visitantes internacionais é salutar, mas estende um alerta sobre a insegurança que diariamente já é sentida pela população. Não basta apenas promover o destino e garantir o acesso aos visitantes, prezar pela manutenção do bem-estar dele é a garantia de satisfação e meio caminho andado para a volta e atração de ainda mais visitantes.
No Recife, da porta do aeroporto para fora, a realidade do turismo numa cidade insegura tem chamado atenção. A capital pernambucana virou notícia para todo o mundo, não por seus atrativos, após a morte de um turista alemão no Centro da capital, em plena luz do dia, numa região que reúne atrativos gastronômicos, comércio, edificações religosas para turismo sacro e prédios históricos. Na cidade, não há como o turista não transitar pelos bairros de Santo Antônio e São José, local do latrocínio.
"Foi lamentável. É um caso que estamso acompanhando de perto. Todos dias tratamos sobre isso. Eu falo com o secretário de Segurança Pública, e conseguimos responder. Um suspeito foi preso e outros dois estão sendo investigados. O governo do Estado está fazendo de tudo para que isso seja o mais rápido resolvido", disse a secretaria de Turismo do Estado, Milu Megale, em referência à morte do turista, durante a apresentação do balanço do setor.
Apesar da ação enérgica especificamente neste caso, o governo não aprsentou um planejamento ou reforço nas atividade policiais que dizem respeito especialmente à segurança de turistas, mesmo em meio ao período de alta temporada.
Até então, nenhum plano mais efetivo para tentar reduzir a criminalidade no Centro turístico da cidade foi apresentado, a despeito apenas da operação de fim de ano, que visa inibir crimes em função das compras de Natal e fim de ano na área comercial. Ainda assim, mais turistas estão chegando e devem chegar ao Estado, incluindo no pacote passagens pela capital.
"A gente teve uma retomada mair o que nossa expectativa. Temos nossa malha aérea completamente retomada, 18% acima do que foi em 2019 - que foi um grande ano do turismo. Estamos ligados a 47 cidades nacionais, e voltamos com nossa rota internacional, era um pedido importante para o Estado. Retomamos a América Latina primeiro. Era muito necessário que isso acontecesse. Além da TAP, que é nossa porta de entrada na Europa", comentou Milu Megale.
O Estado ainda passou a estar conectado internacionalmente com Fort Lauderdale e Orlando, na Amércia do Norte. "Cuidamos de voltar com a malha porque precisamos fazer com que esse turista chegue mais facilmente ao Estado", reforça.
Desconsiderando os períodos festivos sazonais, Pernambuco, segundo o IBGE, detém a liderança das atividades turísticas na região Nordeste, com média de 113,4 pontos de janeiro a outubro.
No último mês do ano, o Aeroporto Internacional do Recife tem autorização da Anac para receber 18% a mais de voos que em novembro. Isso representa 6.092 voos no mês, entre pousos e decolagens, com uma média diária de 197 frequências, o que garante ao terminal o título de maior aeroporto do Nordeste, mas não representa a segurança do viajante quando chega ao solo pernambucano.
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