Na última quarta-feira (11), a Lojas Americanas informou que, por resultado de análise preliminar, foram identificadas "inconsistências contábeis" que apontam identificado um rombo de R$ 20 bilhões na empresa.
Na sexta-feira (13), após acatar pedido de tutela cutelar à empresa, a Justiça concedeu o prazo de 30 dias corridos para que, se optar por essa alternativa, a Americanas recorra à Recuperação Judicial (RJ), já prevista como o 4° maior da história do Brasil.
Entenda, nesta matéria, o que é o pedido de Recuperação Judicial e quais são as previsões para o futuro da Lojas Americanas:
Após informe oficial ao público investidor, a Americanas afirmou que "área contábil identificou a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a companhia é devedora".
Veja o comunidado na íntegra:
Posteriormente, também veio a público a saída voluntária do CEO da empresa, Sergio Rial, e do CFO, André Covre, de seus respectivos cargos.
O Conselho Admnistrativo da Americanas nomeou João Guerra, antigo CHRO da empresa, para ocupar os cargos de CEO interino e Diretor de RI.
Após pedido de tutela cutelar, uma proteção judicial para evitar que fossem antecipados os vencimentos dos débitos da empresa, a Americanas S.A. apresetou um déficit R$ 40 bilhões, soma do rombo e da dívida bruta da empresa, também de R$ 20 bilhões.
O atual valor patrimonial da Lojas Americanas está estimado em R$ 14 bilhões, embora os R$ 20 bilhões da dívida total não necessariamente devam ser abatidos do patrimônio.
A Recuperação Judicial é uma medida jurídica que está associada ao risco de falência de uma empresa; nesse caso, da Americanas.
De forma simplória, é uma iniciativa de amparo jurídico, fornecida para dar suporte a uma empresa economicamente viável a se recuperar de um défict financeiro de grande dimensão.
A Recuperação Judicial viabiliza que a empresa em risco de falência tenha acesso à contratação de crédito, o que pode solucionar, temporariamente, o probelma de relação com credores.
Funcionará da seguinte forma, se solicitado o pedido:
Além de incluir as dívidas, os planos de RJ podem contar com o aumento do prazo para pagamento das dívidas e descontos no valor total a ser pago, que podem chegar a 70%.
O plano também pode recorrer ao fechamento de venda de ativos e de lojas deficitárias; há mais de 3.601 lojas da Americanas em mais de 900 cidades do Brasil.
Se confirmada a decisão, a recuperação judicial da Americanas estará entre as quatro maiores da história do Brasil, atrás apenas da Odebrecht (R$ 98,5 bilhões), da Oi (R$ 65,4 bilhões) e da Samarco (R$ 55 bilhões).
Na manhã desta quinta-feira (19), em fato relevante, a Americanas declarou pretensão de recorrer à recuperação judical a qualquer momento:
A empresa esteja sendo alvo de pressão por parte dos bancos credores (como o BTG, que foi autorizado pela Justiça a bloquear R$ 1,2 bi da empresa), e demais entidades. As informações são do Portal UOL.
Ainda de acordo com a empresa, será criado um comitê independente para "apurar as inconsistências contábeis" relatadas, o que deve apontar com precisão as causas do rombo, embora não garanta outras formas de recuperação emergencial à empresa.
A Americanas afirmou, ainda, estar trabalhando para: