O número de pessoas ocupadas em atividades comerciais em Pernambuco foi de 312.512 pessoas em 2021, 7,5% a mais do que no ano anterior, quando a pandemia de covid-19 começou. Este também é o melhor resultado desde 2018, segundo a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2021, divulgada, na última sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento traz os principais resultados das empresas comerciais em Pernambuco em três segmentos distintos: comércio por atacado, comércio varejista e comércio de veículos, peças e motocicletas.
A quantidade de unidades locais (lojas) subiu 16,2% entre 2020 e 2021, de 44.418 para 51.632. Destas 40,6 mil, ou 78,7% delas, são voltadas para o varejo. O restante está distribuído entre o comércio atacadista, com 7,2 mil unidades locais (14% do total) e as lojas de venda de veículos, peças e motocicletas, com cerca de 3,8 mil unidades locais (7,3%).
A receita bruta de revenda e comissões em 2021 foi a maior em dez anos, chegando a R$ 174 bilhões. Em 2020, o resultado havia sido de R$ 140,2 bilhões, 24% a menos do que em 2021.
O Estado é responsável por 20% de toda a receita bruta gerada no Nordeste, ocupando o 2º lugar regional, atrás da Bahia, e o 11º lugar nacional.
O segmento que liderou a receita bruta em 2021 foi o varejista, responsável por cerca de metade (50,1%) de toda a receita do comércio, o equivalente a R$ 84 bilhões. O atacado responde por 40,9% do total, ou R$ 73,8 bilhões. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas fica com 9% da receita total, ou R$ 16,2 bilhões.
O setor comercial no estado, como um todo, pagou R$ 6,6 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2021, segundo a PAC. Pernambuco é o nono estado do país que mais tem gastos neste sentido. A média foi de 1,5 salário-mínimo por empregado.
Com 233.930 mil empregados, o ramo do varejo também foi o segmento que mais gastou nesse sentido: R$ 4,4 bilhões, alcançando uma proporção de 74,9% do pessoal ocupado e 67% dos pagamentos de todo o comércio.
O atacado, por sua vez, empregou 59.609 mil pessoas (17,2% do pessoal ocupado) e respondeu por R$ 1,5 bilhão, ou 22,9% das remunerações e retiradas do comércio. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas pagou uma fatia de R$ 676 milhões em salários (10,2% do total de pagamentos) para 24.728 mil pessoas, que representaram 7,9% das pessoas ocupadas no comércio em 2018.