O Grande Recife registrou uma inflação de 0,4% em julho, a segunda maior entre as 16 capitais e regiões metropolitanas onde é medido o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O percentual é inferior apenas ao de Porto Alegre (0,53%). No Brasil, por sua vez, o resultado foi de 0,12%. Os dados foram divulgados nesta sexta (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de janeiro a julho, a Região Metropolitana do Recife (RMR) teve o oitavo maior percentual do país, com inflação de 2,93%. No Brasil, o índice foi ligeiramente superior (2,99%). A variação acumulada dos últimos 12 meses (agosto de 2022 a julho deste ano) foi de 3,31%, a quarta menor do Brasil, enquanto a média nacional foi de 3,99%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, cinco tiveram inflação e quatro apresentaram deflação no Grande Recife em julho. O maior índice foi registrado na categoria Transportes (2,43%), seguida por Despesas pessoais, Saúde e cuidados pessoais, Educação e Alimentação e bebidas. As atividades com deflação foram Habitação (-0,64%), Vestuário, Comunicação e Artigos de residência.
Segundo Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, o desempenho do grupo de transportes foi influenciado principalmente pela alta dos combustíveis. “O etanol subiu 6,12% e a gasolina, 5,11%. Este é o maior percentual nos transportes desde março, quando a variação foi de 2,62%”.
Em julho, quatro dos cinco produtos e serviços com maior aumento de preços são da categoria alimentos e bebidas: cenoura (9,79%), alface (6,84%), mamão (6,49%), etanol (6,12%) e cebola (6,11%).
Os itens com maior queda pelo IPCA são todos de alimentos e bebidas: maçã (-6,35%), frango em pedaços (-5,72%), óleo de soja (-5,32%), tomate (-4,65%) e cheiro-verde (-4,56%). “Vale lembrar que o grupo de
Alimentação e bebidas teve a menor variação dos últimos quatro meses e está muito próximo à estabilidade”, pontua Fernanda Estelita.