Expansão fiel à própria identidade: esse é o foco do Grupo CRM, holding da Kopenhagen e Brasil Cacau, de chocolates, e Kop Koffee, de cafeterias, após ser vendido para a Nestlé. É o que garante a CEO Renata Vichi, que, em entrevista exclusiva ao JC, compartilhou a meta de abrir mais 2 mil novas lojas com foco nas regiões Norte, Norte e Centro-Oeste, mas sem perder a qualidade dos produtos.
“Temos 2 mil lojas mapeadas, com alfinetes no mapa de onde está cada CEP onde queremos abrir. São 1.200 lojas da Brasil Cacau, 800 da Kopenhagen e mais o plano de expansão da Kop Koffee”, pontuou nesta sexta-feira (27) a empresária, que integra o grupo há 27 anos.
Mesmo com a venda para a multinacional, em 7 de setembro, Renata afirmou que não há intenção de levar os 400 produtos das marcas aos supermercados, nem planos para internacionalizar o grupo, até então.
“Há uma blindagem muito grande em relação à qualidade e à experiência que a Kopenhagen promove”, explicou Renata. “Para eles (Nestlé) é uma oportunidade de entender e conhecer o mercado premium de chocolates, que é o que a gente tem de melhor para oferecer”.
NEGÓCIO
Aos 27 anos de história, o Grupo CRM possui hoje 1.100 lojas no País. São mais de 2 mil funcionários e 590 franqueados, que resultam em um faturamento de em torno de R$ 1,7 bilhão ao ano.
“De 2019 até 2022, a gente triplicou o tamanho da da companhia. Isso chamou a atenção de vários players internacionais, não apenas da Nestlé e a gente não poderia estar mais feliz com a assim a maior gigante mundial hoje chancelando o que a gente construiu”, afirmou.
De acordo com Vichi, a Nestlé não provocou mudanças na estrutura da empresa: ela e toda a equipe executiva seguem no comando, assim como segue inalterado o direcionamento do grupo. “Não tem nenhuma mudança em relação ao plano. Eles viram que o que fez esse negócio bilionário acontecer foi justamente o que a gente já tem na mesa”, explicou.
INFLUÊNCIA
Hoje, o Grupo CRM também trabalha na expansão de influência da marca - por exemplo, fazendo colaborações com outras empresas famosas e levando os produtos a locais inovadores. Um exemplo foi a passarela da última São Paulo Fashion Week, em maio de 2023, onde a Kopenhagen fez parcerias com a estilista Patricia Vieira e a marca Jouer Couture
“A gente pensou, o que as pessoas querem ouvir? Onde vai estar a audiência? Vai estar na semana de moda. A gente tem que ir ao consumidor, não o consumidor tem que ir onde a gente quer", concluiu.