COMPRAS

Fim de ano injeta R$ 1,45 bilhão na economia

Aqueles que efetuarão compras em 2023 tendem a utilizar diferentes formas de pagamento. Cerca de 49% dos consumidores pretendem utilizar cartão de crédito

Cadastrado por

JC

Publicado em 24/11/2023 às 15:39
O valor médio dos presentes para o fim de ano foi estimado em R$ 158 por consumidor - ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Sondagem de opinião realizada pela Fecomércio-PE, em parceria com a Ceplan Consultoria, revelou que 73,4% dos consumidores pernambucanos planejam comemorar o Natal e Reveillon em 2023. Dentre os pesquisados, 60,8% expressaram a intenção de comemorar em casa, enquanto 26,6% devem realizar compras pessoais e 21,1% uma viagem.

Aqueles que efetuarão compras em 2023 tendem a utilizar diferentes formas de pagamento. Cerca de 49% dos consumidores pretendem utilizar cartão de crédito, enquanto 78% planejam utilizar pagamentos à vista. É importante ressaltar que a soma das porcentagens das formas de pagamento ultrapassa 100% devido à possibilidade de consumidores escolherem mais de uma opção de pagamento ao mesmo tempo.

O valor médio dos presentes para o fim de ano foi estimado em R$ 158 por consumidor. Os itens mais demandados serão os semiduráveis, como roupas (49%), brinquedos não eletrônicos (28,8%), perfumes e cosméticos (25,3%) e calçados (17,7%).

OTIMISMO NAS VENDAS

A expectativa para o desempenho das vendas no Natal/Reveillon é otimista entre os empresários. No varejo, 72,8% acreditam que as vendas serão maiores do que em 2022, enquanto no segmento de alimentação do comércio tradicional, 49% dos entrevistados possuem uma expectativa de vendas igual àquela do Natal/Reveillon do ano passado.

Os empresários do varejo estimam crescimento nas vendas de 14,8%, no comércio tradicional, e 18,4% nos shoppings centers. No segmento de alimentação, a estimativa é de avanço de 7%, no comércio tradicional, e 9,5% nos shoppings centers.

As principais estratégias dos empresários e gestores para alavancar as vendas incluem ofertas de produtos e serviços em meios digitais, principalmente no varejo. No segmento de alimentação, as estratégias preferidas serão o incentivo à equipe de colaboradores e oferta de produtos nas redes sociais e WhatsApp.

Para o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, “a pesquisa destaca o otimismo entre os empresários do varejo em relação às festividades de fim de ano. Notavelmente, os consumidores demonstram uma intenção de aumento de gastos, estimando um acréscimo de 34% em comparação ao ano anterior. Essa tendência revela uma disponibilidade financeira mais robusta e uma maior propensão a gastar durante a temporada festiva".

MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

Projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam que a movimentação financeira durante o período natalino de 2023 atingirá aproximadamente R$ 1,45 bilhão. Apesar de expressivo, esse resultado corresponde a uma redução de 2,3% em comparação ao ano anterior, sendo o nível mais baixo desde 2008, quando registrou-se R$ 1,42 bilhão.

Os setores mais destacados em termos de vendas neste Natal incluem hipermercados e supermercados, com uma projeção de movimentação de mais de R$ 582,17 milhões, seguidos por vestuários e calçados (R$ 444,77 milhões) e utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com um total estimado de R$ 200,97 milhões.

GERAÇÃO DE EMPREGOS

Quanto à contratação de trabalhadores temporários para o Natal de 2023, a CNC projeta a alocação de 2602 profissionais, sendo hipermercados o principal setor de absorção, com 1.329 contratações, seguido por lojas de utilidade doméstica e eletroeletrônicos (458) e vestuários e calçados (343). A projeção de contratos temporários para o Natal atinge seu ponto mais baixo nos últimos três anos e patamar próximo ao de 10 anos atrás, quando houve contratação de 2592 trabalhadores temporários em Pernambuco.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que, desde 2014, o País luta para retomar a marca de 300 mil postos de trabalho temporário por conta de uma série de desafios econômicos vivenciados, incluindo a recessão ocorrida entre 2015 e 2016, seguida pela queda da atividade econômica durante a pandemia de Covid-19. “No entanto, agora, pela primeira vez em uma década, o Brasil parece estar se organizando de forma mais eficiente, e isso é especialmente notável nos setores de comércio e serviços, que representam mais de 90% das vagas”, afirma o presidente da Confederação.

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto, comentou o estudo. “Estamos diante de um cenário nacional e estadual que demandará resiliência e a capacidade de inovação do setor comercial, atributos fundamentais para superarmos adversidades circunstanciais e construirmos uma base sólida para o futuro. Os segmentos mais promissores, como hipermercados, supermercados, vestuários e calçados, demonstram que existem nichos de mercado prontos para impulsionar a recuperação. Com estratégias inovadoras e um foco renovado no atendimento ao cliente, temos a confiança de que o comércio em Pernambuco poderá não apenas enfrentar, mas também superar esses desafios".

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