CARTA POR PERNAMBUCO

Grupo de 26 entidades assinam carta em apoio à Escola de Sargentos do Exército e Arco Metropolitano em Pernambuco

Movimentos empresariais e instituições de setores produtivos como turismo, comércio, serviços, construção civil, mercado imobiliário, shopping centers, transporte público, sucroalcooleiro, saúde e logística assinam a Carta por Pernambuco, em defesas da Escola de Sargentos e do Arco Metropolitano

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Adriana Guarda

Publicado em 29/11/2023 às 21:20 | Atualizado em 29/11/2023 às 21:29
Pernambuco venceu disputa para ter a sede da nova Escola de Sargentos do Exército - Reprodução EPTV

Um grupo formado por movimentos empresariais e instituições do setor produtivo assinam carta em defesa pela implantação da Escola de Sargentos do Exército e pela construção do Arco Metropolitano no Estado. Intitulado "Carta por Pernambuco", o documento traz assinaturas de 26 entidades. São representantes de setores produtivos como turismo, comércio, serviços, construção civil, mercado imobiliário, shopping centers, transporte público, sucroalcooleiro, saúde e logística, que acreditam no impacto positivo que o empreendimento poderá trazer ao povo pernambucano, mas sem perder de vista a sustentabilidade ambiental. 

No texto, os signatários afirmam que Pernambuco está diante de dois desafios e uma escolha. Os desafios são a construção da Escola de Sargentos e do Arco Metropolitano. Já a escolha seria compatibilizar a implantação do empreendimento, mantendo a preservação ambiental da APA Aldeia-Beberibe.  

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"(...), o caminho a seguir passa pela escolha de acreditar e fazer acontecer.  Não é uma disputa, é o compartilhamenmto de uma decisão para e pelos pernambucanos: a afirmação do Arco Viário Metropolitano e a Escola de Sargentos do Exército", diz a carta. 

Pista de skate da Rua da Aurora em fase final de construção. Obras - Skate - Pista - GUGA MATOS/JC IMAGEM

OPINIÕES DOS SETORES

A atividade da construção civil é uma das que acredita nas oportunidades econômicas trazidas pelo projeto e uma das que será diretamente impactada.

“O projeto da construção da Nova Escola de Sargentos do Exército representa uma importante oportunidade para as construtoras pernambucanas, que por sua vez, tem um grande potencial gerador de empregos e de renda para o estado. Pudemos conhecer o projeto de forma detalhada, em participação do Comando Militar do Nordeste durante reunião do Sinduscon-PE este ano, o que nos deu a real dimensão do impacto positivo que o empreendimento trará também do ponto de vista econômico e urbanístico, ao se tratar não apenas de uma edificação isolada, mas sim de um masterplan que envolve desde o campus até duas vilas habitacionais, complexo esportivo com equipamentos náuticos e ginásios, além de alojamento interno, restaurante e batalhão, entre outros equipamentos", diz o presidente do Sinduscon-PE, Antônio Cláudio Sá Barreto Couto.

Ele destaca que seis municípios serão diretamente impactados pela Nova Escola do Exército: Abreu e Lima, Paudalho, Carpina, Araçoiaba, Camaragibe e São Lourenço da Mata. 

A Carta por Pernambuco também é assinada por movimentos empresariais como LIDE Pernambuco, Atitude, Movimento Pró-Pernambuco e Amcham. O presidente do Sistema LIDE Pernambuco, Drayton Nejaim, faz os cálculos da movimentação econômica na região onde o empreendimento será instalado.  

"A Escola de Sargentos em Pernambuco vai mudar a realidade socioeconômica da região de Carpina e seu entorno injetando recursos de 300 milhões por ano naquela microrregião. E vai fazer isso respeitando integralmente o meio ambiente. Basta conhecer melhor o projeto e os critérios para instalação da Escola, para entender que a contrapartida proposta pelo exército na verdade beneficiará ambientalmente nosso Estado. Somos entusiastas dessa iniciativa", afirma.

Movimentação de compras no Shopping Riomar na Véspera de Natal. - BRUNO CAMPOS / JC IMAGEM

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

As instituições que defendem a implantação da Escola de Sargentos do Exército não deixam de demonstrar preocupação com a sustentabilidade asocioambiental do empreendimento. 

"A Escola de Sargentos do Exército é um projeto promissor e que terá a capacidade de mudança do eixo de desenvolvimento regional, não apenas na educação, mas como gerador de emprego e renda a partir da sua obra. E, depois, na formação profissional qualificada que impactará em diversas cadeias produtivas. É preciso ressaltar que o cuidado com a pauta ambiental ficou evidente em todas etapas do desenvolvimento do projeto, com transparência e acompanhamento de órgãos responsáveis, com a preocupação de integrar os equipamentos físicos a serem construídos com o ecossistema local, apostando no desenvolvimento sustentável. É uma oportunidade importante para recuperar economicamente a região destinada à sua instalação, irradiando para outras áreas, com o máximo respeito às normas ambientais", pondera o presidente da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), José Luiz Muniz. 

Comércio do Centro do Recife funcionará todos os dias até o final do ano - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Para os empresários do comércio, a Escola de Sangentos poderá contribuir para a geração de empregos e o aumento de renda da população. "É uma obra de grande vulto para o Estado, que vai investir, imediatamente, mais de R$ 1 bilhão. Além disso, ela deixa todo um contingente de pessoas que vão estudar, que estarão na escola. Isso vai gerar uma série de novos emprgos e aumento de renda da população. Tudo isso é muito importante para o comércio. Tem que haver uma consonância entre o aspecto ambiental e o econômico, mas nós não podemos perder essa chance", defente o presidente da CDL Recife, Fred Leal. 

MOVIMENTAÇÕES

A implantação da Escola de Sargentos do Exército vem movimentando o ambiente econômico do Estado ao longo desta semana. Na segunda-feira (27) foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Na terça-feira (28), a governadora Raquel Lyra fez um sobrevoo na área e participou de reunião com representantes do Comando Militar no Nordeste. E nesta quarta-feira (29), a Carta Por Pernambuco torna-se pública e é comentada pelos setores produtivos. 


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