O Banco do Nordeste (BNB) encerrou o exercício de 2023 com volume de contratações de operações de crédito que somaram R$ 58,5 bilhões. O valor representa um acréscimo de 27,1% em relação aos R$ 46 bilhões alcançados em 2022. Já o lucro líquido do ano foi de R$ 2,1 bilhões, o que corresponde a um aumento de 4,1% ante os cerca de R$ 2 bilhões obtidos no ano anterior. Esse resultado líquido reflete melhoria na eficiência operacional e a elevação na margem de intermediação financeira. Além desses fatores, houve aumento dos ganhos com prestação de serviços, que incluem tarifas bancárias e outras receitas provenientes de fundos de investimento e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
Outra importante contribuição foi na operação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que superou a meta de crescimento de 12,4% estabelecida para o ano.
RESULTADO PROMISSOR
“Estamos bastante satisfeitos com resultado de 2023, pois os números premiam o nosso esforço em superar metas e nossas expectativas em relação ao potencial de crescimento e de investimentos da região. Mais uma vez nossa equipe bateu recorde no volume de contratações com o FNE e aplicamos R$ 43,7 bilhões com recursos do Fundo, o que equivale a um incremento de 35,4% em relação ao desempenho de 2022,” afirma o presidente do BNB, Paulo Câmara.
O executivo ressalta que o FNE é o principal funding do banco, que continua empenhado em diversificar as fontes de recursos para ampliar sua capacidade de negócios e de concessão de crédito.
“A crescente demanda de pedidos de financiamentos recebidos nos faz pensar em possibilidades de acessar fontes alternativas e de intensificar o diálogo com instituições multilaterais com o mesmo perfil de fomento e alinhamento de propósito para financiar investimentos sustentáveis e que promovam o impacto social e ambiental, que fazem parte do DNA do Banco do Nordeste”, explica Paulo Câmara.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Ainda no âmbito das contratações de operações de crédito, o segmento de Micro e Pequenas Empresas (MPE) apresentou evolução significativa em volume e número de operações contratadas, com incremento em relação ao ano anterior de 23,2% e 27,3%, respectivamente. O resultado corrobora o compromisso da instituição com os segmentos prioritários na aplicação dos recursos.
Um destaque importante nos resultados deriva das operações de microcrédito do banco, especialmente do Programa Crediamigo, que apresentou o montante de R$ 10,6 bilhões em contratações, mantendo-se estável em relação a 2022, mas apresentando um incremento de 4,7% no número de operações contratadas ante o ano anterior, ampliando a rotatividade do crédito para os microempreendedores na área de atuação do BNB.
No Programa Agroamigo, que atua com microcrédito no setor rural, houve crescimento expressivo em 2023 em volume contratado, superando 2022 em 48,5% e alcançando a cifra de R$ 5,7 bilhões.
EFICIÊNCIA OPERACIONAL
O índice de Eficiência Operacional do banco manteve a trajetória de melhoria encerrando o ano em 51,3%, o que representa um incremento de 0,5 ponto percentual em relação a dezembro de 2022. Segundo ressaltou o executivo, esse indicador aponta quanto custa para o banco gerar receitas. Nesse caso, importante destacar que quanto menor for o índice de eficiência, melhor para a instituição. O indicador aponta se um banco está mais ou menos eficiente de acordo com a evolução histórica do seu índice de eficiência.
A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio ao final do período ficou em 21,2% ao ano, o que representou uma ligeira retração em relação ao exercício de 2022. O movimento foi reflexo do cenário de elevação do Patrimônio Líquido no período com a consequente incorporação de lucros do exercício, bem como do aumento das contingências jurídicas e de provisões para garantias financeiras prestadas. A rentabilidade está alinhada com as melhores da indústria bancária, reforçando a eficiência do BNB, inclusive comparado aos pares.