O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai ouvir o Banco Central no processo de transição de comando na autarquia. Durante participação em fórum do Bradesco BBI, o ministro afirmou que já teve conversas com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o momento para o anúncio de seu sucessor.
O mandato de Campos Neto termina no dia 31 de dezembro. "Essa transição vai ser muito diferente da de 2022 para 2023", declarou Haddad, ao ser questionado pelo economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, em referência à reportagem publicada no site do ‘Estadão’ sobre a sucessão.
Segundo o ministro, as relações com o BC teriam sido comprometidas pela ausência da administração anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a transição entre os governos. "O Executivo sumiu, tirou férias. A transição foi, a rigor, feita pelo Legislativo. Isso tudo foi vencido."
"É natural que as coisas agora fiquem mais tranquilas. Estou conversando com Roberto Campos Neto muito tranquilamente sobre esta questão", declarou o ministro ao falar sobre a sucessão do presidente do BC. Ao reiterar que a mudança deve acontecer sem tensões, ele frisou que os quatro diretores já indicados pelo presidente Lula ao BC foram bem recebidos pelo mercado. "Não vejo realmente nenhum problema nessa seara", reforçou Haddad.