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Governo ainda não respondeu pedido de alta da alíquota de importação de elétricos, diz Anfavea

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores pediu ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio a elevação de 25% para 35%

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Estadão Conteúdo

Publicado em 07/08/2024 às 21:46
Governo ainda não respondeu pedido de alta da alíquota de importação de elétricos, diz Anfavea - Divulgação

Ainda não houve retorno por parte do governo federal para o pedido da Anfavea, associação que representa montadoras do País, sobre a elevação imediata do imposto de importação sobre carros híbridos e elétricos, informou nesta quarta-feira, 7, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, durante apresentação dos dados do setor do mês de julho.

Ele reconheceu que não trata-se de uma questão tão simples, e que envolve diversos ministérios e órgãos dentro do governo, mas reforçou que a expectativa é que o pedido seja tratado "da melhor maneira possível".

No final de junho, a Anfavea pediu ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) a antecipação da elevação da alíquota de importação de veículos elétricos e híbridos, hoje de 25% para 35%. Pelo cronograma original, a alíquota subiria gradualmente até atingir 35% em julho de 2026.

No mês de julho, às importações de veículos somaram 41 mil unidades, superando, mais uma vez, as exportações no período, que somaram 39,1 mil veículos. Na comparação com junho, as importações cresceram 7,0%, enquanto as exportações expandiram 35,0%.

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Em relação às importações, Lima citou, durante a coletiva, o crescimento da participação do mercado chinês na venda de veículos ao Brasil. De acordo com a Anfavea, foram importadas 62 mil unidades da China no ano até aqui, das quais cerca de 59 mil são veículos elétricos ou híbridos.

Já nas exportações, apesar do número positivo no mês, houve uma queda de 21,7% no total de embarques no acumulado de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a associação.

Entre os impulsionadores das exportações em julho, o presidente da Anfavea destacou o crescimento das vendas para a Argentina no período. "Houve uma reação muito importante do mercado interno argentino. Já havíamos previsto que seria um primeiro semestre mais duro, devido às aprovações das medidas do governo Javier Milei", detalhou Leite.

Licenciamentos

Em relação ao mercado interno, o presidente da Anfavea destacou que o bom momento das vendas segue refletindo a melhora nas condições de crédito. Os licenciamentos de veículos atingiram 1,385 milhão no acumulado de janeiro a julho, alta de 13,2% em relação ao ano passado.

Leite avalia que esse bom momento trata-se de uma tendência para o segundo semestre, a despeito da interrupção no ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic. "É uma tendência sim. Alia-se o recuo no custo do crédito à maior oferta de crédito ao consumidor. E não há, nesse momento, elevação da Selic, o que vemos é uma desaceleração na queda do custo do crédito", pontuou Lima.

Salão do automóvel

Durante a coletiva, o presidente da Anfavea reforçou mais uma vez o desejo da associação de retomar a realização do Salão do Automóvel. A última edição do evento aconteceu em 2018 e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já chegou a pedir publicamente o retorno do encontro.

Segundo Leite, a Anfavea segue fazendo estudos para viabilizar uma nova edição do Salão do Automóvel, mas, até o momento, há problemas de encaixe na agenda para a locação de espaços. Ele citou, por exemplo, que o pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, "está no radar", mas que, por ora, não há datas disponíveis para o segundo semestre deste ano ou o primeiro semestre de 2025.

"E é importante que a data de realização do Salão do Automóvel coincida com a agenda de novidades do setor. Não adianta fazer o evento se o setor não puder apresentar as principais novidades", frisou.

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