Era uma quinta-feira. No dia 24 de março de 2016, o mundo se despediu do gigantesco Johan Cruyff. Vencedor em campo, o holandês enfrentou no fim de sua vida a batalha contra um câncer no pulmão, morrendo aos 68 anos de idade. Nesta terça-feira (24), completam-se quatro anos sem o regente do Carrossel Holandês. Relembre os passos da carreira do ex-jogador:
Nascido em Amsterdã, Cruyff começou na base Ajax. A estreia como profissional aconteceu em novembro de 1964. Dali para a primeira convocação para a seleção holandesa foram dois anos. O primeiro jogo foi em 1966, contra a Hungria. Mas, indisciplinado, passou um ano sem ser convocado.
O futebol de toques rápidos de Cruyff, porém, não o deixaria muito tempo longe da seleção. Foi com ele vestindo a camisa 14 que a Holanda chegou à final da Copa do Mundo da Alemanha Ocidental, em 1974, deixando pelo caminho seleções como Argentina e Brasil.
Foi no ano anterior àquela Copa que o meia-atacante foi contratado pelo Barcelona, ficando até 1978. Na equipe catalã conquistou a La Liga, em 1974, e a Copa do Rei, em 1978, como jogador. Cruyff ainda passou por equipes norte-americanas, antes de voltar para a Europa, com breve passagem pelo Levante, o retorno ao Ajax e encerrando a carreira no Feyenoord.
Fora oito títulos do Campeonato Holandês pelo Ajax e um pelo Feyenoord, mais seis Copas KNVB, sendo cinco pelo primeiro e uma pelo último. Cruyff tem ainda três Liga dos Campeões, uma Supercopa da Uefa e um título da antiga Copa Intercontinental. Todos pelo Ajax.
Como técnico, o holandês também teve carreira vitoriosa. No Ajax, duas Copas KNVB e uma Taça das Taças. Mas a grande quantidade de troféus veio no Barcelona, local onde se fixou até a morte. Com a equipe, Cruyff foi tetracampeão da La Liga, tri da Supercopa da Espanha, somando ainda uma Copa do Rei, uma Liga dos Campeões, a Supercopa da Uefa e a Taça das Taças.
Johan Cruyff é tido como um dos maiores jogadores de futebol do século XX, ficando atrás apenas de Pelé e Maradona, integrando ainda a seleção de todos os tempos da Copa do Mundo e o time dos sonhos. "De certa maneira, sou provavelmente imortal."
Ironicamente, nesta terça-feira é também o aniversário de 71 anos de Ruud Krol, ex-zagueiro. Dentro de campo, Krol defendeu o Ajax por 12 anos, fazendo 339 jogos e marcando 23 gols, depois teve uma breve passagem pelo futebol canadense, defendendo o Vancouver Whitecaps por 14 jogos.
O lateral seguiu, então, para a Napoli, ficando de 1980 a 1984. Por fim, passou dois anos no francês Cannes, até se aposentar aos 37 anos. Na seleção holandesa, fez 83 jogos e era peça importante também no Carrossel Holandês, chegando às finais das Copas do Mundo de 1974 e 1978, sendo vice nas duas. Na de 1974, na Alemanha Ocidental, integrou a seleção dos melhores da competição, junto com Cruyff. Na edição seguinte, na Argentina, foi o holandês escolhido entre os melhores, junto a Rob Rensenbrink, falecido em janeiro deste ano.