As escuderias da Fórmula 1 não poderão desenvolver em 2020 os carros que usarão em 2022, ano em que entrará em vigor uma mudança do regulamento técnico, uma medida econômica e de equidade esportiva, anunciou nesta terça-feira (31) a Federação Internacional do Automóvel (FIA).
A decisão chega após o adiamento em um ano da mudança técnica, principalmente centrada na aerodinâmica dos carros, para permitir que as equipes se recuperem da crise provocada pelo coronavírus.
Entre outras medidas tomadas pelo Conselho Mundial do Esporte do Automóvel (CMSA), anunciadas em comunicado, o período de fechamento habitual das atividades imposto às dez escuderias em agosto foi adiantado este ano para março-abril e passa de 14 para 21 dias, o que também deverá ser respeitado pelas fabricantes de motores (Mercedes, Ferrari, Renault e Honda).
Esta trégua poderia ser ampliada após conversas com as equipes "caso as preocupações com a saúde pública ou as restrições governamentais continuem além do período inicialmente previsto", explicou a CMSA, num momento em que os países onde trabalham os principais atores da F1 estão sob medidas de confinamento da população devido à propagação do Covid-19.
As oito primeiras corridas da temporada de F1 foram canceladas (Austrália e Mônaco) ou adiadas sem data pré-definida (Bahrein, China Vietnã, Holanda, Espanha e Azerbaijão).
A organização da F1 tenta colocar em prática um calendário com 15 a 18 corridas em 2020, contra 22 previstas inicialmente, o que supõe grandes perdas econômicas com ingressos, direitos de transmissão e patrocínio.