Um dos jogadores mais talentosos do elenco do Barcelona, o meia croata Ivan Rakitic mostrou estar desapontado com os comentários cada vez mais frequentes sobre sua saída do clube na próxima temporada. O jogador é alvo da Inter de Milão e do Sevilla, além de outros clubes europeus, e fez questão de ressaltar que quem define o seu futuro é ele mesmo.
"Não sou um saco de batatas. Entendo esta situação, mas é preciso sempre falar comigo. O mais importante é estar em um lugar que me queiram e me respeitem. Se é aqui, ótimo. Caso contrário, eu e minha família decidiremos. Já sabem que não gosto deste comportamento e deixei isso bastante claro", disparou o croata em entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo.
Além disso, Rakitic abriu o jogo sobre o seu sentimento sobre o Sevilla e disse que uma transferência "não depende só dele". "Dizem que eu vou sair do Barcelona há dois anos... Todos sabem meu sentimento pelo Sevilla, o clube, a cidade. Mas é algo que não depende só de mim. Há mais coisas por trás dessa operação", afirmou.
Com contrato até junho de 2021, o meia croata ainda se mostrou surpreso sobre ter perdido espaço no time titular do Barcelona. "Com as pessoas que conversei, não tive explicação. Todo mundo fala que no futebol acontecem coisas incompreensíveis e temos que aprender com isso. O ano passado foi o melhor dos meus seis anos aqui e me surpreendeu muito sair do time. Não posso estar num lugar que não me queiram. Os resultados não estavam acontecendo. E não contaram comigo, isso doeu muito".
Com a paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, Rakitic só espera poder terminar essa temporada logo. "Por vezes acontecem coisas que eu não entendo, mas apenas tenho de as aceitar. Espero poder terminar este ano de contrato. Se não puder ser, vamos debater sobre isso, mas agora o mais importante é estar no topo e acabar a temporada da melhor maneira possível", acrescentou.
Na festa pela classificação da Croácia para a final da Copa do Mundo da Rússia em 2018, após a vitória por 2x1 sobre a Inglaterra, os jogadores comemoraram muito com os torcedores no estádio. E o entusiasmo foi tão grande grande que o meia Rakitic ficou só de cueca no gramado. Mas a seleção da França terminou derrotando os croatas por 4x2 no último jogo, levantando seu segundo título mundial.
Uma crise se instalou no Barcelona em meio à pandemia do novo coronavírus. Na última sexta-feira (10), seis diretores renunciaram a seus cargos, deixando críticas especialmente à gestão do presidente Josep Maria Bartomeu. O clube e o mandatário ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as renúncias.
Deixaram o clube Emili Rousaud e Enrique Tombas, dois dos quatro vice-presidentes do Barcelona, e os diretores Silvio Elias, Josep Pont, Jordi Calsamiglia e Maria Texidor. Eles questionaram a maneira como o conselho tem atuado diante das implicações decorrentes da pandemia. Com a crise, o clube mais rico do mundo teve redução de receita e decidiu cortar 70% dos salários dos jogadores.