O Barcelona anunciou nesta segunda-feira uma "ação criminal" pelas "acusações sérias e infundadas" lançadas pelo ex-vice-presidente Emili Rousaud, que na semana passada alegou que alguém "enfiou a mão no caixa" no caso que ficou conhecido como 'Barçagate'.
"Tendo em vista as acusações sérias e infundadas do Sr. Emili Rousaud (...), o Conselho de Administração nega categoricamente qualquer ação que possa ser classificada como corrupção e, consequentemente, concordou em arquivar a ação criminal correspondente", relatou o Barça em um comunicado.
"O FC Barcelona não pode tolerar acusações que prejudiquem seriamente a imagem da instituição. A ação criminal que será instaurada é em defesa da reputação do clube e de seus funcionários", afirmou o clube catalão.
Rousaud, um dos seis dirigentes que pediram demissão na semana passada devido a diferenças com o presidente Josep Maria Bartomeu, sugeriu um possível desvio de fundos no caso 'Barçagate'.
O 'Barçagate' foi a utilização da empresa I3Ventures para influenciar as redes sociais do Barça, com o objetivo de desacreditar os oponentes do conselho e melhorar a imagem deste, algo que foi negado em fevereiro por Bartomeu.
O presidente do Barça explicou que a empresa só fazia monitoramento na internet. A rádio Cadena Ser informou então que o Barça teria pagado um milhão de euros por esses serviços, que seriam divididos em vários pagamentos para não passar pelos controles financeiros internos.
O presidente do Barça anunciou na época uma auditoria interna para verificar se havia ocorrido alguma irregularidade.
No entanto, na semana passada, em entrevista à rádio Cadena Ser, Rousaud afirmou que "se os auditores nos dizem que o custo desses serviços é de 100.000 euros e pagamos um milhão, é que alguém enfiou a mão no caixa".
"Este contrato foi dividido em partes de 200.000 euros para não ter que passar pela comissão de controle", acrescentou Rousaud.
O Barcelona lembrou nesta segunda-feira que a auditoria ainda está em andamento e que, quando concluída, "analisará o conteúdo e as conclusões resultantes, informará publicamente, tomará as decisões e adotará as medidas cabíveis".