O período de paralisação do futebol não tem deixado a técnica da seleção brasileira feminina, Pia Sundhage, inativa. Enquanto trabalha remotamente no planejamento e nas observações táticas sobre a equipe para os próximos meses, a treinadora sueca participou nos últimos dias de encontros com jogadoras e membros da comissão técnica de times do País. Ainda teve o seu trabalho no futebol internacional reconhecido com uma premiação na Suécia.
Convidada, Pia e suas auxiliares se encontraram, ainda que virtualmente, com as equipes do Internacional e da Ferroviária na semana passada para uma conversa sobre o futebol feminino. A treinadora sueca estava acompanhada das auxiliares Lilie Persson, em uma dessas reuniões, e de Beatriz Vaz, em ambas, sendo que esta também auxiliou na tradução das falas durante as videoconferências.
- McLaren vai reduzir 1.200 postos de trabalho, incluindo a Fórmula 1
- Presidente do Náutico acredita que futebol só voltará em julho
- Pogba pronto para reforçar o Manchester United na retomada do futebol
- Ganhar tudo para o Real Madrid é a ambição do zagueire Varane
- Bayern bate Borussia Dortmund no clássico e ruma ao título da Bundesliga
- Gareca pede que futebol peruano reinicie "o mais rápido possível"
- 'Podemos pegar datas de 2021 para jogar o Brasileiro', diz Feldman
Em uma das respostas durante o bate-papo com as jogadoras da Ferroviária, Pia destacou o desafio único que tem sido dirigir o Brasil. "Precisamos entender o estilo que jogamos, que maneira o futebol brasileiro vem jogando. Posso trazer a mentalidade vencedora das americanas e a organização das suecas, mas não posso tirar o que as brasileiras têm de melhor. Precisamos entender isso e passar a informação da melhor maneira para que as atletas consigam ter o melhor aproveitamento. E entender que a sua responsabilidade é para trazer o melhor para o grupo. O fundamental é pensar no grupo", afirmou Pia, durante a videoconferência.
Técnica e motivação das atletas
Além de realizar comentários sobre modelos táticos, estilo de jogo e o cenário da modalidade, a treinadora e suas auxiliares também abordaram a necessidade de as atletas se manterem motivadas, mesmo com o cenário de incerteza sobre o futuro das competições. E lembrou, para isso, a realização da Olimpíada no próximo ano. Ambas as equipes possuem jogadoras entre as convocáveis de Pia, como Aline Milene e Luciana, da Ferroviária, e Bruna Benites e Fabiana, no Internacional.
"O que mais foi ressaltado por ela, não só nessa conversa que nós tivemos aqui com a equipe do Internacional, mas algo que ela ressalta sempre entro da própria seleção, é que todas as jogadoras do futebol feminino brasileiro têm uma qualidade técnica elevada, diferente de qualquer outra jogadora no mundo", afirmou Bruna Benites, capitã do Internacional.
Com os torneios paralisados e os treinamentos da maior parte das equipes restritos a atividades individualizadas nas residências das atletas, os clubes entenderam esse tipo de encontro como uma importante alternativa de diversificação dos trabalhos com a aquisição de conhecimento, incluindo o tático, como uma renomada profissional do futebol como Pia. Por isso, convidaram a técnica sueca, que aceitou participar, considerando uma atividade benéfica.
"A gente tenta trazer atividades novas todas semanas. Então surgiu a ideia de trazer a Pia. É um debate relacionado ao futebol, mas que não fica na mesmice de apenas ver um vídeo e discutir uma tática. Abriu para uma questão cultural e uma visão diferente", comentou Carolina Melo, coordenadora de futebol feminino da Ferroviária.
Comentários