O ex-craque Ronaldinho Gaúcho foi libertado por um juiz paraguaio depois de cumprir 171 dias de prisão - dos quais 140 foram passados em um hotel de quatro estrelas no centro de Assunção.
O ex-jogador foi acusado de usar passaporte paraguaio com conteúdo falso quando entrou no país no dia 4 de março, informou o juiz do caso.
O magistrado Gustavo Amarilla também libertou seu irmão Roberto de Assis Moreira, que foi julgado pelo mesmo crime.
No dia 10 de agosto foi noticiado que quatro promotores haviam assinado uma proposta dirigida ao juiz para abreviar o julgamento por uso de documento falso (os irmãos usaram passaporte paraguaio para entrar no país).
Eles aconselharam que Ronaldinho pagasse uma multa de US$ 90.000 "para reparar danos sociais" e a obrigação de comparecer a cada três meses durante um ano perante um juiz em seu local de residência no Brasil.
O termo judicial é "suspensão condicional do processo", medida que não deixa antecedentes criminais.
Em vez disso, recomendaram que seu irmão Roberto - que sabia da irregularidade - pagasse uma multa de US$ 110 mil e a obrigação de comparecer a cada três meses durante um período de dois anos. Os promotores pediram dois anos de prisão para Roberto "com suspensão do julgamento".
A fiança depositada por ambos para a obtenção da prisão domiciliar, de 1,6 milhão de dólares, seria devolvida a eles.
Ronaldinho, campeão mundial com o Brasil na Copa da Coreia do Sul e Japão-2002, e Roberto de Assis entraram no Paraguai no dia 4 de março deste ano para realizar uma agenda relacionada à promoção e apoio a crianças em situação de pobreza.
O ex-ídolo do Barcelona, Paris Saint-Germain, Grêmio, Milan, entre outros, planejava também inaugurar o cassino de um empresário brasileiro e lançar um livro de memórias, programação que acabou sendo cancelada devido a sua prisão.