Volta da torcida

Náutico é a favor da volta parcial do público e vê pontos positivos no retorno

Timbu também vem sofrendo com o prejuízo dos jogos em casa com as despesas operacionais e a falta de recursos de bilheteria

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 22/09/2020 às 21:10 | Atualizado em 22/09/2020 às 21:10
Leo Lemos/Divulgação
Edno Melo (E) e Diógenes Braga (D) terão bate-chapa pela frente - FOTO: Leo Lemos/Divulgação

O discurso pela volta do público nos estádios é uníssono em Pernambuco entre os clubes. O Náutico apoia o retorno dentro da limitação dos 30% colocados pelo Ministério da Saúde. Assim, o Timbu, que mira as medidas de segurança necessárias para esta retomada, alega o fato de tantos outras atividades que geram aglomeração terem sido liberadas, e os índices da covid-19 em Pernambuco estarem em queda. Além disso, o clube vê como benéfico ao torcedor que sente saudades de acompanhar o Alvirrubro nos Aflitos.

“Se você pegar, há praias liberadas com pessoas circulando, shoppings, restaurantes, transporte público, e há uma condição muito clara de que, graças a Deus, o número de novos infectados e mortos está caindo, e mostra que o vírus está cedendo. Vemos que, de todas as situações que acontecem em outros aspectos da vida da gente, liberar público no estádio não iria fazer mal, gerar problemas, e faria bem para os clubes. Não só para eles, mas para os torcedores também. No aspecto social, muita gente quer ter a vida de volta. Muita gente passou três, quatro meses trancado em casa e você voltar a ver seu time de coração vai fazer muito bem às pessoas também. Esse aspecto é muito importante e acho que iria contribuir muito”, afirmou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga.

 

Outro ponto que pesa nessa questão é o prejuízo que o clube acumula sem a presença de público no estádio. Desde que o futebol foi retomado, em julho, o Timbu fez sete jogos como mandante, sendo um na Arena e os outros seis nos Aflitos. Por jogo, a despesa gerada para receber cada partida é de, aproximadamente, R$ 50 mil. Valor que, anteriormente, o clube custeava com a receita de bilheteria.

De acordo com apuração do Jornal do Commercio, o Náutico estima um prejuízo de até R$ 700 mil pela falta de jogos, levando em conta as despesas fixas somadas ao que deixou de arrecadar nestas partidas realizadas como mandante. Com isso, a direção precisou custear tirando a verba de outros setores para poder manter esse pagamento. Além de reduzir ao máximo os custos, houve um incremento nas campanhas de marketing para tentar amenizar o rombo financeiro.

“A gente diminui o quanto pode as despesas, evitamos estar contratando mais funcionários, pessoas que pudessem onerar a folha e fomos atrás de receitas novas. Primeiro passo foi reduzir os custos, aumentar as receitas de outras maneiras, seja com lives, patrocínios pontuais, diminuindo custo de energia, de funcionários e coma ajuda do associado. Vale lembrar que o Náutico lançou as campanhas que o sócio chegou junto e mostrou que está próximo e quer ajudar o clube dele”, complementou o presidente do Timbu, Edno Melo.

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