O presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, voltou a criticar a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) pela forma de conduzir a reta final do Campeonato Pernambucano e optar por "critérios seletivos" em relação aos estádios que receberão as partidas da competição. Em entrevista ao programa Bate Rebate, da Rádio Jornal, o mandatário disse que o tricolor cumpre todas as medidas do protocolo do futebol, mas revelou falta de coerência no tratamento das equipes por parte da entidade.
A FPF marcou a semifinal entre Santa Cruz e Náutico nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena de Pernambuco, equipamento autorizado para receber as partidas finais de acordo com o protocolo do governo do Estado. A diretoria coral acionou a Justiça para transferir o mando de campo para o Arruda. Teve o pedido negado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE) e recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva. A decisão ainda não foi anunciada pela entidade .
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Constantino alega que há critério seletivo na questão dos mandos de campo e aponta como exemplos as partidas entre Sport e Vitória, pela luta contra o rebaixamento, na Ilha do Retiro, e Salgueiro e Afogados, no Cornélio de Barros.
"A gente está esperando que a Justiça seja feita. Nosso time está preparado para jogar onde quer que seja. Só não pode passar isso para dentro de campo. Nossa preocupação é essa. A gente entende que o fato de jogar no Arruda vai dar uma condição de estar dentro de casa, questão de respeito. Porque acontece o seguinte: se fosse combinado de todos os jogos serem na Arena, o Santa Cruz jamais deixou de cumprir qualquer protocolo. Não pode ser seletivo. O jogo do Salgueiro joga em Salgueiro. O do Sport joga na Ilha (do Retiro). Então vou tirar o Santa do Arruda. É essa falta de coerência que a gente tem questionado. O Santa tem cumprido todo os protocolos. Fizemos 7 testes. É uma falta de coerência e de critério seletivo. O Santa Cruz respeitou muito a competição. Fez 25 pontos de 27 possíveis e acaba sendo penalizado", argumentou.
O mandatário ainda explicou que houve uma reunião por videoconferência e o Santa Cruz concordou com o protocolo, mas destacou que todos os clubes deveriam cumprir e jogar no mesmo estádio. "Existiu uma videoconferência e o Santa Cruz deixou bem claro que se todos os jogos fossem na Arena o Santa Cruz jogaria lá. Eu estou muito tranquilo que a gente defendeu nosso direito de jogar em nossa casa. Se todos os jogos fossem na Arena, mas é um processo seletivo, é jogo sim e jogo não. Não pode", comentou.
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