Um dos jogadores mais regulares do elenco do Santa Cruz na temporada, o zagueiro William Alves disputou 26 partidas, das 27 disputadas pela equipe tricolor no ano. Além de viver um bom momento defensivo, o defensor de 33 anos também tem ajudado o time coral com gols. Só em 2020 foram dois e, pelo clube, William já marcou dez - a equipe que ele mais marcou gols na carreira.
Em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, o zagueiro tricolor falou sobre a boa fase que vem atravessando, sobre a dura caminhada para a busca do tão sonhado acesso à Série B e dos segredos da defesa do Santa Cruz, uma das menos vazadas do Brasil.
FORÇA DEFENSIVA
O sistema defensivo do Santa Cruz é um dos nossos pontos positivos. A chegada do professor Itamar (Schulle) trouxe esse acerto. E quando tem esse bom momento no setor, quem entra se sente mais confortável e confiante. Os outros que já vêm jogando com sequência dão esse suporte para quem entra no time. Isso é um ponto positivo da nossa equipe. Mas a Série C é uma competição traiçoeira e temos de provar muita na competição. Esperamos ter o mesmo desempenho que tivemos no primeiro semestre agora na Série C, pois quem toma menos gols tem mais possibilidade de conseguir o acesso.
GOLS
Procuramos ajudar lá atrás primeiro, mas quando temos oportunidade de ir à frente também procuramos contribuir. Não só eu, mas outros jogadores da defesa também mostraram a força que temos (para marcar gols) e seguimos sempre em evolução. Isso mostra o repertório da nossa equipe e ficamos felizes com o desempenho que estamos tendo.
REGULARIDADE
Nunca tive histórico de lesões musculares. Sempre que fui para o departamento médico foi por conta de uma entorse de tornozelo, uma pancada. Isso é muito por conta do meu biotipo que me favorece. Mas desde a parada da pandemia, eu tive a possibilidade de frequentar o Arruda e me preparei bem. Não parei nos dois, três meses de paralisação do futebol. Me preparei para essa retomada e continuar fazendo o que vinha demonstrando em campo no começo do ano. Estou com 33 anos e sei que ainda tenho caixa para continuar. O futebol, a tecnologia, a ciência permite isso, que o jogador prolongue a carreira e espero conseguir isso também.
BOM INÍCIO
Estamos provando que estamos fazendo coisas diferentes que não fizemos em anos anteriores. Os números mostram e os resultados em campo mostram isso. Mas temos de seguir com humildade, manter os pés nos chão, trabalhando firme. Nosso elenco no começo do ano não era o dos sonhos. Mas todos trabalharam duro e montamos uma equipe competitiva. Mesmo ainda precisando de algumas peças para determinadas posições, quem entra se entrega, se empenha para fazer o melhor trabalho. Sabemos que a diretoria está em busca dessas peças para a evolução da equipe. Essa situação da pandemia que estamos vivendo, ficamos meses sem receber salário, dificuldades que acontecem, mas todo o elenco entendeu. Até porque outras pessoas, fora do futebol, estão sofrendo mais, perdendo empregos e passando por dificuldades. A atmosfera que criamos de um ajudar o outro fortaleceu o elenco. Enxergamos esse ano diferente. Claro que só fizemos quatro jogos na Série C, tem muita luta pela frente e batalhe a ser disputada, mas esperamos ser coroados com o acesso e quem sabe o título.