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Eleição do Santa Cruz é adiada e só deve acontecer em 2021

A eleição do Santa Cruz estava marcada para acontecer no próximo dia 14 de dezembro

JC
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Publicado em 07/12/2020 às 9:07 | Atualizado em 07/12/2020 às 14:38
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
Eleição para presidente do Santa Cruz estava marcada para o dia 14 de dezembro - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

Prevista para acontecer no dia 14 de dezembro, a eleição do Santa Cruz foi adiada em decisão judicial divulgada nesta segunda-feira pela 2ª Vara Cível da Capital. De acordo com a ação, a sentença é favorável ao pedido de adiamento realizado pela atual gestão do clube. Entre as justificativas expostas no documento está a condição sanitária levando em consideração a pandemia do novo coronavírus. A nova data da eleição do Tricolor deve ser confirmada para o próximo dia 10 de fevereiro de 2021.

"Assim, no momento atual, consideradas as restrições sanitárias estaduais vigentes, seria impossível a realização presencial de assembleia geral para eleições previstas no Estatuto do Clube, com o possível comparecimento de três mil eleitores a um único espaço, sem violação das regras estabelecidas pelo governo local, pois haveria indesejável e desaconselhada aglomeração de pessoas", diz trecho da sentença.

Nos bastidores

Nos bastidores do clube as indefinições continuam. A única chapa inscrita no prazo regulamentar, encerrado no último dia 30 de novembro, foi a do grupo ProSanta, que faz oposição à gestão do atual presidente Constantino Júnior e vice-presidente Tonico Araújo. A situação ficou sem candidato.

Candidato a vice-presidente da chapa de oposição ProSanta, Joaquim Bezerra, disse que recebeu a informação com certa surpresa, uma vez que o juiz desdisse o que já havia sido confirmado. "É com surpresa porque o juiz desdisse tudo o que ele disse anteriormente. Mas não com surpresa com o jeito que as coisas acontecem dentro do Santa Cruz. Saem da questão técnica para a questão política", disse Joaquim. Os representantes da chapa de oposição vão se reunir nesta segunda-feira, às 10h, para planejar as próximas decisão. "Vamos continuar com nosso projeto de mudança no Santa Cruz", disse.

 Situação

Ainda sobre a sentença da 2ª Vara Cível da Capital que adiou as eleições, o advogado da situação, Leucio Lemos, explicou em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, que o juiz apenas respondeu um questionamento que partiu de um pedido do candidato da oposição, André Frutuoso, sobre a publicação dos editais. “O juiz apenas deixou claro que a decisão inicial dele havia determinado tão somente a publicação do edital, que já tinha sido cumprido pelo clube, que inclusive fez uma petição nesse sentido. André Frutuoso, no entanto, havia alterado o pedido, querendo que o juiz também obrigasse o clube a fazer a eleição na data que ele desejava”, afirmou, antes de esclarecer a ação realizada pelo Santa Cruz.

“O clube fez uma petição esclarecendo a situação, inclusive dizendo que ao contrário do que estava colocado na ação, não havia nem sequer decisão do Conselho Deliberativo adiando as eleições. Só havia discussões em relação a matéria. Com isso, o clube entendeu que podia fazer de acordo com normas do próprio estatuto em vigor e o órgão próprio para decidir sobre essa matéria seria o Conselho Deliberativo. O juiz analisou as razões do clube e entendeu que o conselho realmente podia decidir sobre essa questão, tendo em conta uma lei federal que regulamenta a matéria e o próprio momento de pandemia da covid-19 vivido. Então deve ser dito que o juiz não tinha dito nada diferente do que ele reafirmou agora. Na verdade, ele apenas esclareceu a decisão anterior”, completou Lemos.

A oposição também questionou o fato da decisão ter saído apenas na noite desse domingo (6), mas Leucio Lemos tratou o assunto com normalidade. “Quanto à questão da data de divulgação da decisão, no domingo, isso é absolutamente normal, não só pelo período de pandemia, mas também porque o processo judicial é eletrônico no momento. Então assim que se decide a questão, ela entra no sistema e sai registrada a hora da decisão. O que mostra é que o magistrado estava trabalhando mesmo num dia de domingo e que isso deve ser motivo de aplauso e não de crítica. É muito curioso que no momento que a oposição via decisões tomadas em seu favor, aplaudia. Agora passa a criticar, inclusive, de forma pessoal”, alfinetou.


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