Novo presidente do Santa Cruz fala sobre executivo de futebol e provável técnico para 2021
Joaquim Bezerra considerou a possibilidade de manter a atual comissão técnica do Santa Cruz
Menos de 24h após ser eleito como novo presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra confirmou que existe uma grande possibilidade de manter o técnico Marcelo Martelotte junto com sua comissão para a temporada 2021. Em entrevista ao Bate-Rebate, da Rádio Jornal, o mandatário afirmou que devido as proximidades das competições, o mais viável para o planejamento coral é a manutenção da comissão técnica atual para "não fragilizar ainda mais o time". O Tricolor estreia na Copa do Nordeste no próximo dia 27 de fevereiro, contra o Vitória-BA. Ainda sem tabela divulgada, o Campeonato Pernambucano está marcado para iniciar no dia 28 deste mês. Ou seja, a Cobra Coral tem exatos 15 dias para correr com a preparação visando os primeiros compromissos desta temporada.
"Isso é uma coisa que a gente vai ter que manter a comissão técnica atual. Estamos em cima de um campeonato prestes a começar e a gente não pode fragilizar o time mais do que ele está fragilizado. Então a gente precisa pensar com a diretoria. Eu já queria ter sentado para resolver isso. Há mais de 15 dias que tentei conversar com Nei Pandolfo, mas não obtive retorno", disse Joaquim Bezerra.
O técnico Marcelo Martelotte conduziu o Santa Cruz em boa parte da Série C, mas não conseguiu o acesso. Ele ainda comandou o clube na seletiva da Copa do Nordeste contra o Itabaiana, onde saiu vencedor, garantindo o Tricolor na fase de grupos da competição regional. O seu contrato, no entanto, acabou após os dois jogos do pré-Nordestão, no dia 3 de fevereiro. De lá para cá, Martelotte aguardava as eleições do clube para definir seu futuro.
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De acordo com o novo presidente do Santa Cruz, o trabalho precisa iniciar o quanto antes, porque, nesse momento, o tempo é inimigo do clube. Para isso, ele vai procurar a diretoria de Constantino Júnior para saber da real situação em relação ao elenco coral. "Agora a gente vai ter que sentar porque o presidente está eleito e vamos definir o que vai acontecer, quem são os jogadores que renovaram os contratos, quais foram as bases, quem falta, quem é o jogador da base que está entrando na transição do futebol profissional. Enfim, a gente vai tomar pé de tudo isso porque não temos muito tempo, já que o campeonato está aí prestes a iniciar", explicou.
Ele avalia ainda que só foi "ignorado" pelo executivo de futebol Nei Pandolfo devido a uma proteção da diretoria e presidência do Santa Cruz, que tinha convicção na vitória no pleito coral. No entanto, negou qualquer tipo de ressentimento que pudesse impedir uma renovação de vínculo no clube. "Acho que o retorno não se deu porque existia tanta segurança da situação de manter-se dentro do campo, que o retorno simplesmente foi ignorado. São profissionais. Se foi ignorado, não foi por ele (Pandolfo), e sim pela diretoria de futebol do clube, pela presidência. São funcionários do clube e eles obedecem ao chefe. Não posso ter nenhum tipo de ressentimento quanto a isso. Sou profissional e sei trabalhar com profissionais", concluiu.