COVID-19

O que ocorre com a ampliação da quarentena na Itália por causa do novo coronavírus?

Fronteiras seguem abertas, mas aéreas têm reduzido número de voos

Agência Brasil
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Publicado em 09/03/2020 às 21:19 | Atualizado em 09/03/2020 às 21:19
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Passageiros e funcionários circulam vestindo máscaras contra o novo coronavírus (Covid-19) - FOTO: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

O governo da Itália anunciou nesta segunda-feira (9) a restrição total da circulação interna de pessoas no país, num esforço para conter a propagação do coronavírus (Covid-19). A medida, que já estava valendo para toda a região norte italiana, agora passa a valer em todo o território nacional.

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Restrições

 

Entre as determinações, está a proibição de circulação, exceto por "razões comprovadas de trabalho" ou "sérias necessidades familiares ou de saúde", segundo ressaltou o primeiro ministro do país, Giuseppe Conte. Atividades em casas noturnas, museus, eventos culturais, funerais e casamentos estão suspensas, incluindo o campeonato italiano de futebol.

As restrições estão previstas para durar até o dia 3 de abril. O sistema de transporte público não foi afetado pelas medidas e continuará funcionando, com as pessoas podendo se deslocar ao trabalho. Lojas e restaurantes, para continuarem abertos, terão que assegurar uma distância mínima de um metro entre as pessoas.

Mesmo com as restrições internas, as fronteiras do país também seguem abertas. Nos últimos dias, diversas companhias aéreas haviam reduzido ou cancelado temporariamente suas operações a partir ou com destino ao aeroporto internacional de Malpensa, em Milão, norte da Itália, um dos epicentros da epidemia que se alastra pelo país.

Coronavírus na Itália

De acordo com o serviço de proteção civil italiano, cerca de 9,1 mil pessoas foram infectadas, das quais 463 morreram e outras 700 estavam internadas em unidades de terapia intensiva. A Itália é o terceiro país com o maior número de casos da doença, atrás de China e Coreia do Sul.

Companhias aéreas

A Alitalia, maior companhia aérea do país, anunciou a suspensão de voos domésticos e internacionais, a partir desta segunda-feira (9), no principal aeroporto de Milão. A Latam, que opera sete voos semanais entre Guarulhos e Milão, adotou a mesma medida desde a semana passada, facilitando a remarcação, reembolso e oferecendo outras opções de voo aos clientes atingidos. As duas companhias são as únicas que operam voos diretos entre o Brasil e a Itália. Os voos que tem Roma como origem ou destino não foram afetados. Outras importantes companhias aéreas europeias, como Lufthansa, KLM e Air France, também reduziram suas operações na Itália.

Com a extensão do decreto de restrição de circulação para toda a Itália, a operação das companhias aéreas poderá ser ainda mais reduzida nos próximos dias. Ao menos 16 países da Europa e da Ásia já estabeleceram restrições totais ou parciais para voos e passageiros provenientes ou que fizeram conexão na Itália nos últimos dias.

Tensão em presídios

Em meios ao crescimento da tensão na Itália por causa da epidemia do coronavírus, sete detentos morreram em presídios do país após rebeliões registradas nos últimos dias, de acordo com a Reuters. A agência reportou que os motins começaram após o governo começar a restringir visitas familiares nas unidades prisionais. Em pelo menos uma das prisões, internos fizeram agentes penitenciários de reféns. A maior rebelião ocorreu no último domingo (8), na penitenciária de Modena, norte do país, onde três pessoas morreram.

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