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Superlua vai iluminar céu nesta quinta-feira pela última vez no ano

Entenda o fenômeno e veja quais serão os próximos eventos astronômicos

Manuela Figuerêdo
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Manuela Figuerêdo
Publicado em 07/05/2020 às 8:38 | Atualizado em 07/05/2020 às 8:47
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
O melhor horário para observar a Lua cheia será logo após o pôr do sol - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

Nesta quinta-feira (7), brilhará a última Superlua do ano. Como acontece na primavera do hemisfério norte, ou no outono do Brasil, o fenômeno recebe o nome de Lua das Flores nos Estados Unidos. O melhor momento para observar a Superlua será no fim da tarde, a partir do pôr do sol, previsto para às 17h36. Estar em um ponto alto da sua cidade pode ser uma forma de facilitar a observação do fenômeno, uma vez que os prédios podem ficar na frente do astro.

Antes dessa última grande iluminação da lua, o fenômeno já foi registrado três vezes em 2020: nos dias 9 de fevereiro, 9 de março e 7 de abril.

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Entenda o fenômeno da Superlua

O termo Superlua foi criado pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle em 1979. Ele definiu como Superlua as ocorrências de Lua cheia em que o satélite estivesse dentro da linha de até 90% do ponto mais próximo da Terra. Durante o fenômeno, a lua pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante que o normal.

"A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu e, ao mesmo tempo, na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em física pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor Marcelo Schappo.

Segundo ele, ainda, dependendo da regra usada para cada observatório considerar coincidente o perigeu e a lua cheia, é possível haver alguma divergência sobre o momento exato da Superlua. “Trata-se de uma janela arbitrária, mas no fundo são luas cheias sempre muito bonitas. Vale a pena a observação”, ressalta o físico.

Outros eventos astronômicos de 2020

Asteroide

Se você não conseguiu observar a chuva de meteoro nessa semana, em 2020 ainda estão previstos outros fenômenos. Ainda em abril, na próxima quarta-feira (29), um asteroide de diâmetro estimado entre 1,8 e 4,1 km se aproxima da Terra e cruzará a sua órbita. O corpo celeste é considerado um dos asteroides com potencial perigo ao planeta, e foi detectado pelos astrônomos ainda na década de 90. O asteroide irá passar a 6,29 milhões de quilômetros da Terra, voando a 31 mil km/h.

Eclipse total do sol

O único eclipse total solar de 2020 deve acontecer no dia 14 de dezembro. O evento ocorre quando a lua bloqueia a passagem da luz solar. Este evento poderá ser visto, sobretudo, no hemisfério sul, especialmente em algumas áreas da Nova Zelândia, Chile e Argentina. No Brasil, só poderá ser visto de forma parcial.

As Perseidas

As chuvas de meteoro mais impressionantes para os fãs estelares acontecem em agosto e dezembro. Os eventos que acontecem em agosto foram chamadas de Perseidas ou Lágrimas de São Lourenço, isto porque 10 de agosto marca o dia de São Lourenço em vários países onde o fenômeno pode ser visto. Os dias mais ativos das Perseidas serão 12 e 13 de agosto.

As Geminídeas

Um dos últimos espetáculos celestes deste ano, a chuva de estrelas das Geminídeas ocorre uma vez por ano na Terra. Caso o céu esteja limpo, é possível ver até 120 estrelas cadentes por hora no céu, no momento de pico do fenômeno. As datas para apreciar a Geminídeas serão de 13 a 15 de dezembro.

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