O fim das medidas de confinamento, um relaxamento nos comportamentos com o verão e uma maior capacidade de fazer testes explicam o aumento de casos do novo coronavírus na Europa, afirmou um epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (13).
Os jovens, com menor probabilidade de ficarem gravemente doentes com o coronavírus, estão relacionados ao aumento de diagnósticos positivos e "nada sugere uma mudança global na gravidade" do vírus, disse à AFP Richard Peabody, epidemiologista que lidera a equipe de patógenos de alto risco da OMS na Europa.
O número de casos registrados da pandemia não parou de subir nas últimas semanas no velho continente, mas os números de mortalidade continuam baixos, de acordo com dados da OMS.
A instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra sua preocupação com uma possível segunda onda de contágios. "Se (...) parar a pressão sobre o vírus, ele vai voltar", alertou o especialista, que pediu aos governos europeus que permaneçam vigilantes no combate à pandemia e levem em conta as lições dos primeiros meses da crise de saúde.
Peabody destaca que novos casos devem ser "identificados rapidamente" para tentar evitar "uma propagação ainda maior".
Segundo dados da OMS Europa, em 55 países europeus e da Ásia Central, 218.383 pessoas morreram de coronavírus, onde 3,7 milhões de casos foram diagnosticados, de um total de mais de 20 milhões de infectados no mundo.