OMS alerta que volta às aulas só pode ocorrer com rastreamento de contatos

Segundo o diretor executivo da entidade, "se queremos que as sociedades voltem ao normal, precisamos pôr um foco maior em identificar e testar casos suspeitos, identificar todos que tiveram contato com esse caso"
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/08/2020 às 13:11
De acordo com o diretor executivo do Sinepe, a sugestão é de que, com o retorno, as atividades fiquem 50% presenciais, e 50% remotas Foto: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM


O diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou nesta quarta-feira (19) que é necessário implementar uma política de rastreamento e isolamento de infectados pela covid-19 - e pessoas que estiveram em contato com esses - para o retorno ao ensino presencial e a outras atividades.
"Se queremos a volta às escolas, se queremos que as sociedades voltem ao normal, precisamos pôr um foco maior em identificar e testar casos suspeitos, identificar todos que tiveram contato com esse caso e pedir que se isolem em quarentena por 14 dias", afirmou o especialista durante "live" para responder a dúvidas do público.
O diretor da OMS acrescentou que o bom funcionamento dessas medidas é um pilar central para o controle da transmissão do novo coronavírus e que, mundialmente, esse sistema não tem recebido comprometimento e investimentos suficientes dos governos.
Paralelamente a isso, segundo ele, a falta de colaboração de parte dos cidadãos em agir de acordo com as recomendações causa aumento na taxa de infecção da doença. "Vigilância ruim e rastreamento de contatos malfeito junto com participação da comunidade imperfeita na redução de riscos é uma mistura muito, muito perigosa", disse Ryan.
 
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