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OMS pede que governos dialoguem com os "anticorona"

A intenção é evitar que a ideia "anticorona", se espalhe
AFP
Publicado em 31/08/2020 às 17:48
A entidade luta para que o vírus não seja tratado com desprezo pela população mundial Foto: REUTERS/Denis Balibouse


O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou nesta segunda-feira os governos a dialogarem com os manifestantes "anticorona", e lembrou aos relutantes às restrições contra a pandemia que o vírus é "real" e "mata".

"Devemos ouvir o que as pessoas perguntam, o que as pessoas dizem. Devemos iniciar um diálogo honesto", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus à mídia, questionado sobre as manifestações daqueles que se opõem às restrições para impedir o avanço da covid-19, como as que ocorreram neste fim de semana na Alemanha.

"Ao mesmo tempo, gostaria de dizer àqueles que protestaram na semana passada que o vírus é real. É perigoso. Circula rapidamente e mata, e devemos fazer de tudo para nos proteger e aos outros", acrescentou, em entrevista coletiva na sede da OMS em Genebra.

Agora que a perspectiva de uma segunda onda da pandemia alimenta temores de novos confinamentos na Europa e em outros lugares, cresce a indignação entre os defensores de um relaxamento das medidas restritivas contra o novo coronavírus.

Na Alemanha, a tentativa de tomada do parlamento nacional em uma manifestação "anticorona" neste fim de semana mostrou uma nova etapa na radicalização do movimento.

Michael Ryan, diretor de emergências de saúde da OMS, lembrou que epidemias e situações de emergência sempre criaram "fortes emoções", tornando muito difícil para a população aceitar as medidas.

"É muito importante que os governos não reajam de forma exagerada aos protestos das pessoas contra as medidas", disse, pedindo o diálogo.

O diretor da OMS enviou uma mensagem clara a quem considera que não é grave que o vírus mate os idosos: "Toda vida, seja de um jovem ou de um idoso, é preciosa. E devemos fazer de tudo para salvá-la".

apo/nl/eg/es/cc

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