Organização Mundial da Saúde

OMS adverte que covid-19 não será a última pandemia

O novo coronavírus provocou pelo menos 1,75 milhão de mortes e infectou 80 milhões de pessoas no mundo desde que os primeiros casos foram detectados na China

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Publicado em 26/12/2020 às 18:34 | Atualizado em 26/12/2020 às 18:52
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Apesar do otimismo, Tedros Adhanom destacou que está "muito preocupado" com a evolução da covid-19 na China - FOTO: AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o novo coronavírus não será a última pandemia e lembrou que os avanços sanitários serão insuficientes se não houver mudanças com relação ao aquecimento global e o bem-estar animal. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para "o perigo dos comportamentos de curto prazo", em uma mensagem de vídeo gravada por ocasião da celebração no domingo do primeiro Dia Internacional de Preparação para Epidemias.

"A história nos mostra que não será a última pandemia", afirmou, destacando que é preciso tirar boas lições da pandemia do novo coronavírus. "Durante muito tempo, o mundo agiu em meio a um ciclo de pânico e negação", assegurou. "Gastamos dinheiro quando a crise eclode, mas quando acaba, nos esquecemos e não fazemos nada para prevenir a seguinte. É o perigo dos comportamentos de curto prazo", lamentou o diretor-geral desta agência da ONU.

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O primeiro Informe anual sobre Preparação Mundial de Emergências Sanitárias, publicado em setembro de 2019, já havia alertado para a pouca preparação da humanidade para grandes pandemias, meses antes de começar a crise da covid-19. "A pandemia revelou os vínculos estreitos entre a saúde das pessoas, dos animais e do planeta", disse.

"Todos os esforços para melhorar os sistemas sanitários serão insuficientes se não forem acompanhados de uma crítica da relação entre os seres humanos e os animais, assim como da ameaça existencial representada pelas mudanças climáticas, que estão transformando a Terra em um lugar mais difícil para se viver", acrescentou.

O novo coronavírus provocou pelo menos 1,75 milhão de mortes e infectou 80 milhões de pessoas no mundo desde que os primeiros casos foram detectados na China, em dezembro de 2019, segundo contagem feita pela AFP com base em dados oficiais.

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