ALIMENTOS MAIS BARATOS

Comida mais barata? Preços mundiais dos alimentos caem no segundo semestre de 2022

Os preços mundiais dos alimentos continuam a cair no segundo semestre de 2022

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Julianna Valença

Publicado em 02/09/2022 às 10:54 | Atualizado em 02/09/2022 às 11:08
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Com informações da AFP

Os preços mundiais dos alimentos continuam a cair no segundo semestre de 2022. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o valor de mercado das comidas apresentou baixa pelo quinto mês consecutivo em agosto.

O Índice de Preços de Alimentos da FAO, que acompanha os preços internacionais de uma série de commodities, vem caindo constantemente desde que atingiu um recorde histórico em março, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Em agosto registrou nova queda, mais moderada, de 1,9% em um mês.

O índice de preços dos óleos vegetais caiu 3,3% em agosto, "atingindo um nível ligeiramente inferior ao de agosto de 2021".

Os preços dos óleos de girassol, palma e colza despencaram e apenas a soja "aumentou moderadamente, devido a preocupações com o impacto das condições climáticas adversas na produção dos Estados Unidos", informou a organização.

O índice de cereais da FAO caiu 1,4% em um mês, devido à "queda de 5,1% nos preços internacionais do trigo, refletindo melhores perspectivas de produção na América do Norte e na Rússia, bem como a retomada das exportações a partir dos portos do Mar Negro na Ucrânia".

FOME AUMENTA NO MUNDO

A queda nos preço segue na contramão da fome, já que que dados mais recentes apontam que a situação de insegurança alimentar no globo tem aumentado.

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Relatório "O Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo" mostra avanço da fome no Brasil - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

A edição de 2022 do relatório "O Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo" apresentou que o número de pessoas afetadas pela fome globalmente subiu para 828 milhões em 2021, um aumento de cerca de 46 milhões desde 2020 e de 150 milhões desde o início da pandemia de COVID-19.

O documento afirma que as novas evidências apontam para um afastamento mundial da meta de alcançar o fim da fome, insegurança alimentar e má nutrição em todas as suas formas até 2030.

O relatório foi publicado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

BRASIL

No Brasil, até julho, o preços dos alimentos in natura também apresentaram queda de custo da cesta básica, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA). O relatório de agosto ainda não foi divulgado.

A prevalência de insegurança alimentar grave em relação à população total também aumentou no país, de 1,9% –3,9 milhões– entre 2014 e 2016 para 7,3% –15,4 milhões– entre 2019 e 2021.

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