Com informações da AFP
A Rússia afirmou nessa terça-feira (13) estar realizando bombardeios "em larga escala" em todas as linhas de frente na Ucrânia e acusou as forças ucranianas de torturar e punir civis no território retomado, no âmbito da contra-ofensiva de Kiev.
Os ataques russos acontecem depois de suas forças se virem obrigadas a recuar de várias zonas do nordeste da Ucrânia, principalmente na região de Kharkiv, devido à contra-ofensiva ucraniana.
Estas mudanças territoriais representam uma das maiores derrotas para a Rússia desde que suas tropas tiveram que deixar os arredores de Kiev no início da guerra, embora Moscou indique que, por enquanto, não pretende negociar uma paz.
"As forças aéreas, balísticas e de artilharia russas estão realizando ataques em larga escala contra unidades das Forças Armadas ucranianas em todas as áreas operacionais", anunciou o ministério da Defesa russo nesta terça-feira.
Bombardeios de "alta precisão" também foram lançados contra posições ucranianas em torno de Sloviansk e Konstantinovka na região de Donetsk (leste), acrescentou.
O Kremlin também acusou o exército de Kiev de torturar civis que vivem nos territórios retomados.
"Muitas ações punitivas estão ocorrendo [...] Há pessoas torturadas e maltratadas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres, afirmando que a presidência russa tinha relatórios da região de Kharkiv.
As acusações da Rússia acontecem logo depois que as autoridades ucranianas afirmaram ter encontrado quatro corpos civis com "sinais de tortura" na aldeia recapturada de Zaliznichne.
A Rússia também denunciou "crescente parcialidade e politização" da ONU.
De acordo com as autoridades ucranianas, soldados recuperaram importantes faixas do território e cidades como Izium, Kupiansk e Balakliya, além de cerca de 500 quilômetros quadrados em Kherson.