Com informações do Estadão Conteúdo
O candidato Santiago Peña (Partido Colorado), foi eleito neste domingo (30), o novo presidente do Paraguai. De acordo com a Justiça Eleitoral, quando a apuração das urnas estava em quase 90% (86,8%) ele já tinha 43,3% dos votos. Com isso, o adversário Efraín Alegre (Partido Liberal) estava fora do páreo, com seus 27,5% dos votos.
A eleição no Paraguai tem importância para o Brasil em função da revisão, neste ano, do Tratado da Usina de Itaipu. O eleito será o futuro interlocutor do Brasil na revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina, marcada para agosto.
Assinado em 1973, o tratado previa uma revisão dentro de 50 anos. O acordo também previa a amortização das dívidas contraídas pela usina, que acabaram de ser pagas no mês passado, e mudanças nas demandas elétricas dos dois países.
De acordo com o Tratado de Itaipu, toda a energia produzida deve ser dividida entre os dois países. O Paraguai historicamente nunca usou toda a geração a que tem direito, e pelo acordo se vê obrigado a vender o excedente para o Brasil.
Os paraguaios também votaram para compor seu Congresso e governadores de província, que devem ser conhecidos nas próximas horas e ao longo da madrugada. Resultados preliminares, no entanto, indicam que os colorados ampliarão sua bancada no Senado e na Câmara.
Peña, um economista de 44 anos, foi a aposta do Partido Colorado para seguir no poder contra Alegre, um advogado de 60 anos, que reuniu uma coalizão com partidos de centro e de esquerda para chegar à presidência depois de ter sido derrotado em 2018 e em 2013. Ele fez o discurso de vitória pouco depois de o resultado se tornar irreversível.
A eleição presidencial, em turno único, é vencida por maioria simples para um período de cinco anos, sem possibilidade de reeleição imediata.