GUERRA

Israel bombardeia Gaza apesar da crescente pressão para proteger os civis

Rrégua negociada pelo Catar com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito, entrou em vigor em 24 de novembro, depois de mais de um mês de guerra, e expirou na sexta-feira

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AFP

Publicado em 03/12/2023 às 15:48
Palestinos verificam os danos após um ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 3 de dezembro de 2023 - AFP

Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza neste domingo(3), apesar da crescente pressão internacional para proteger a população civil e retomar a trégua com o movimento islamista palestino Hamas. Do Vaticano, o papa Francisco instou os dois lados a implementarem um novo cessar-fogo o mais rápido possível.

"É triste que a trégua tenha sido rompida, isso significa morte, destruição e miséria", lamentou, em um texto lido em italiano por um de seus assistentes após a tradicional oração do Angelus.

A trégua, negociada pelo Catar com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito, entrou em vigor em 24 de novembro, depois de mais de um mês de guerra, e expirou na sexta-feira, quando o Exército israelense retomou os bombardeios na Faixa de Gaza.

Série de ataques

As forças armadas afirmam ter lançado mais de 400 ataques desde sexta-feira. Segundo o Hamas, que governa o território desde 2017, pelo menos 240 pessoas foram mortas e 650 ficaram feridas.

O Exército bombardeou o norte neste domingo, ao longo da fronteira com Israel, e disparou artilharia. Também multiplicou os seus ataques no sul da Faixa, onde centenas de milhares de palestinos foram deslocados pelo conflito.

Segundo a ONU, 1,7 milhão de habitantes, mais de dois terços da população, abandonaram seu lares desde o início dos confrontos.

Histórico do atual conflito

A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 240, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas e iniciou uma campanha de ataques aéreos e terrestres em Gaza que, de acordo com o governo do Hamas, deixou 15.523 mortos.

O Exército afirmou na rede social X que havia "eliminado cinco terroristas" e apontado contra "túneis [de] terroristas, centros comando e depósitos de armas" pertencentes ao Hamas. Autoridades de Gaza indicaram que ao menos sete pessoas morreram em um bombardeio israelense perto da fronteira com o Egito.Israel anunciou que dois de seus soldados morreram em combate.

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