Câncer do rei Charles foi 'detectado cedo', afirma premiê britânico
"Felizmente foi detectado cedo e agora todos desejam que ele receba o tratamento que precisa e se recupere de maneira completa", declarou Rishi Sunak em uma entrevista à BBC.
O câncer do rei Charles III foi "detectado cedo", disse nesta terça-feira (6) o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em uma mensagem tranquilizadora, após a preocupação gerada pelo anúncio da doença do monarca no dia anterior.
"Felizmente foi detectado cedo e agora todos desejam que ele receba o tratamento que precisa e se recupere de maneira completa", declarou em uma entrevista à BBC.
O Palácio de Buckingham anunciou, na segunda-feira, que o monarca de 75 anos foi diagnosticado com câncer, depois de apenas 17 meses no trono, e já iniciou o tratamento.
O câncer, cuja natureza e gravidade não foram especificadas, foi descoberto durante sua hospitalização após uma cirurgia de hipertrofia "benigna" da próstata, a que foi submetido em 26 de janeiro.
Diagnóstico
O jornal Daily Telegraph afirmou que o diagnóstico do monarca não deve ser "motivo de alarme", pois ao que tudo indica "o prognóstico é bom".
"A chave para combater o câncer é detectá-lo cedo e isso parece ter acontecido aqui", escreveu o jornal em um editorial.
O primeiro-ministro Sunak afirmou que tem mantido contato regular com o monarca desde que o diagnóstico foi anunciado e garantiu que a comunicação seguirá como de costume.
O rei e o primeiro-ministro se reúnem tradicionalmente uma vez por semana. "É difícil para ele, ter esperado tanto tempo para ser rei", disse Sarah Firisen, uma mulher de 55 anos que trabalha no setor de TI, à AFP em Londres.
Transparência
A transparência da monarquia no anúncio da doença de Charles III representa uma ruptura em relação aos seus antecessores, como a sua mãe Elizabeth II ou o seu avô George VI.
No entanto, o Palácio de Buckingham evitou especificar qual o tipo de câncer do rei e a única informação que vazou é que não se trata de câncer de próstata - o órgão que acabou de operar.
O jornal The Guardian afirmou que o diagnóstico do rei "mais uma vez" levantará dúvidas sobre se faz sentido esperar que um homem com mais de 70 anos "cumpra uma série de deveres públicos".
"Na verdade, ele começou no seu novo trabalho uma década depois que a maioria dos homens se aposentam", escreveu o jornal.
'Especulações indesejáveis'
O Times assumiu um tom mais cético, afirmando que, ao recusar-se a divulgar qual o tipo de câncer, o Palácio de Buckingham poderia dar origem a "especulações indesejáveis".
De acordo com o Cancer Research UK (Pesquisa sobre câncer no Reino Unido, em tradução livre), os cânceres mais comuns entre homens com mais de 75 anos são câncer de bexiga, intestino, pulmão, pele e próstata.
Líderes de todo o mundo, assim como toda a classe política britânica, incluindo os apoiadores da independência escocesa e os republicanos irlandeses, desejaram ao monarca uma rápida recuperação.
A casa real afirmou ainda que o anúncio busca incentivar os cidadãos a realizarem exames para diagnóstico precoce.
William
O anúncio do câncer do rei coincidiu com a notícia, também na segunda-feira, do retorno do seu filho mais velho, William, às atividades públicas.
William cancelou todas as suas atividades desde 16 de janeiro para ficar ao lado de sua esposa Kate, que foi submetida a uma cirurgia "abdominal".
Nos próximos dias, o filho e a esposa do rei, William e a rainha Camilla, de 76 anos, representarão a monarquia em vários eventos programados, enquanto Charles está em tratamento.
O príncipe Harry, filho mais novo de Charles, que vive na Califórnia, afirmou que visitará o pai, apesar da tensão entre eles. A imprensa britânica afirmou que ele viajará sozinho, sem a esposa Meghan e os dois filhos, Archie e Lilibet, como na coroação do pai, em maio do ano passado.
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