Mais de 4.700 pessoas tiveram que deixar suas casas no Uruguai pelas inundações em diversos pontos do país causadas por tempestades severas, com rajadas de ventos fortes e chuva incessante, informou a agência uruguaia de gestão de crise nesta quinta-feira (21).
"Até o momento, 4.722 pessoas permanecem deslocadas", informou o Sistema Nacional de Emergências (Sinae), que detalhou que 995 foram levadas para centros de acolhimento e 3.727 buscaram refúgio em casas de familiares e amigos.
Nove dos 19 departamentos do país têm pessoas fora de suas casas após o alerta vermelho por eventos meteorológicos adversos que vigorou até as 05h00 desta quinta-feira (mesmo horário em Brasília) em grande parte do território.
Florida e San José, no centro-sul do país, são os mais atingidos, com 1.995 e 1.298 deslocados, respectivamente.
"Florida é o departamento mais complicado", disse o presidente Luis Lacalle Pou ao percorrer as regiões afetadas junto com o diretor nacional de emergências, Santiago Caramés.
Na Florida, a persistência de chuvas fez o nível do rio Santa Lucía Chico crescer, alcançando 10,67 metros. Lá também foi suspenso o fornecimento de água potável, já que a planta da estatal OSE ficou fora de serviço.
O Sinae disse que havia 29 interdições viárias em todo o país, e quase 43.000 clientes da empresa estatal de eletricidade UTE seguiam sem abastecimento de energia nesta quinta, depois de um pico de 116.000 afetados na madrugada.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inumet) registrou as rajadas de vento mais fortes, de até 137 km/h, no departamento de Tacuarembó, na fronteira com o Brasil. No vizinho Salto, que faz divisa com a Argentina, os ventos alcançaram os 105 km/h.
Por outra lado, foram registrados volumes de chuva de entre 121 e 154 milímetros.