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Israel ameaça Hamas com tomada de partes de Gaza

As novas ameaças do ministro da Defesa israelense foram feitas depois que um cessar-fogo de dois meses com o Hamas entrou em colapso esta semana

Publicado em 21/03/2025 às 21:29
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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira (21) que deu ordem ao exército para se preparar para tomar mais territórios na Faixa de Gaza e intensificar sua ofensiva, a menos que o grupo terrorista Hamas liberte os últimos reféns. Acredita-se que 24 dos 250 sequestrados ainda sejam mantidos vivos no território.

As novas ameaças do ministro foram feitas depois que um cessar-fogo de dois meses com o Hamas entrou em colapso esta semana. Israel reiniciou seus ataques aéreos e operações terrestres em Gaza. Mais de 500 palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Katz ameaçou expandir uma zona de segurança dentro de Gaza onde as forças israelenses já estão estacionadas e ordenar o deslocamento de mais palestinos no território. "Quanto mais o Hamas persistir em sua recusa em libertar reféns, mais território perderá", disse Katz. Ele acrescentou que as áreas capturadas por Israel serão mantidas indefinidamente.

Após retomar parte do corredor estratégico de Netzarim, que separa o norte e o sul de Gaza, as tropas israelenses avançaram ontem em direção às cidades de Beit Lahiya, no norte, e Rafah, no sul.


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Mediadores ainda tentavam evitar que a nova escalada de violência voltasse a se transformar em uma guerra total. Não houve relatos de ataques israelenses com grande número de vítimas ontem. O exército disse ter derrubado dois mísseis direcionados ao sul de Israel.

O Hamas disse ontem que as negociações para voltar ao cessar-fogo ainda estavam em andamento. Mas reiterou que qualquer acordo sobre reféns teria de levar a um fim permanente da guerra, algo que Israel reluta em se comprometer enquanto o grupo ainda controlar Gaza.

CRISE

Em Israel, a turbulência política doméstica em relação à guerra se intensificou esta semana com a decisão do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de demitir o chefe do serviço de inteligência Shin Bet, Ronen Bar. Manifestantes criticaram Netanyahu pelo que chamam de tentativa de purgar aqueles que ele percebe como desleais.

O Supremo Tribunal emitiu ontem uma ordem congelando a demissão até que as petições apresentadas contra ela sejam revistas. O tribunal determinou que a audiência ocorra até o dia 8 - dois dias antes do prazo para a remoção de Bar entrar em vigor. Aliados de Netanyahu denunciaram o tribunal por intervir com um "excesso judicial".

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